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PARALISAÇÃO: Policiais param por 24 horas
Policiais civis, federais e rodoviários federais realizarão paralisação em nível nacional hoje (21), com a duração de 24 horas, com o objetivo de discutir a criação de um novo modelo de segurança pública.
O ato é organizado pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), e segundo a entidade, já conta com a adesão de 14 estados da federação além do Distrito Federal.
Jânio Bosco Gandra, presidente da entidade, ressalta que as reivindicações não são corporativas, mas sim voltadas à criação de políticas públicas por parte do governo para minimizar o caos em que vive a sociedade.
“Estamos perdendo a guerra contra a criminalidade. Esta paralisação é apenas um alerta para a sociedade e o governo de que medidas simples, porém urgentes, são necessárias para que o quadro que já é crítico não se agrave mais”, afirma Gandra.
Dentre as medidas sugeridas para o plano nacional de segurança, segundo o presidente da entidade, estão a criação de um cadastro nacional de identificação, nos moldes do CPF, apoio psico-social para os policiais, aumento de efetivo, pois o número de policiais é baixo em relação ao número de habitantes e um cadastro efetivo de crimes, pois o modelo atual utilizado, o Infoseg, seria pouco eficaz.
Em assembleia realizada ontem (20), em um estacionamento do Parque da Cidade, que contou com aproximadamente mil servidores, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) decidiu por unanimidade que a categoria irá aderir à paralisação nacional.
Nas delegacias do DF, não serão registradas ocorrências no período entre 8 da manhã e meia noite, apenas registros de flagrantes.
O presidente da entidade, Rodrigo Franco, disse que as principais demandas a serem debatidas com o governo se referem à rediscussão das atribuições de função e a nomeação de todos os concursandos em treinamento na academia.
“Temos 1,2 mil concursandos em treinamento, sendo 900 agentes e 300 escrivães, mas o governo quer nomear apenas 300, o que é insuficiente, e quem sofre pela falta de policiais é a população,” afirma Franco.
Ainda foram discutidas na assembleia a contratação de auditoria externa para avaliar as contas do sindicato e a reforma do estatuto da organização.
Os policiais realizarão ato na Esplanada dos Ministérios, às 14 horas, e a concentração ocorrerá na frente do Museu Nacional.
Fonte: Alô
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