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Reforma da Ponte JK começa em abril, com a substituição das juntas de dilatação

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Primeira etapa terá instalação de juntas de dilatação italianas. Segundo momento dependerá de novo edital

Cartão postal de Brasília, a Ponte Juscelino Jubitschek passará por uma revitalização completa e inédita, segundo a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). As obras da primeira fase começarão em abril, com um investimento de R$ 630 mil, segundo o órgão. A reforma terá início com a substituição das juntas de dilatação desgastadas por novas. Elas são utilizadas em construções — como a JK e edifícios — compostas por metais e outros materiais que se expandem com o aumento da temperatura e se contraem com a diminuição.

Essas peças que ficam nos vãos do conjunto erguido compensam a variação, pela mudança térmica, além de reduzirem os efeitos que ele sofre com vibrações e movimentações. Inaugurada em 2002, a estrutura que conecta o Lago Sul ao Setor de Clubes apenas havia recebido manutenções e intervenções de menor porte.

“Estivemos na cidade de Ossona, na Itália, nas últimas semanas, onde fomos conhecer o processo de produção desses equipamentos (as juntas), a convite da empresa vencedora da licitação para sua instalação”, disse ao Correio o diretor de Planejamento e Projetos da Novacap, Carlos Spies. “Trata-se do que há de mais moderno no mundo para essa finalidade. Nossa ponte vai passar por uma profunda revitalização, garantindo durabilidade e segurança ao local”, acrescentou, explicando que as peças deverão estar na capital federal em março.

Continuação

Concluído o primeiro momento dos trabalhos, o seguinte será a reforma da estrutura, processo que incluirá, inspeção, verificação e recuperação das fundações e blocos da Juscelino Kubitschek, além da troca dos cabos e calços de estabilização.

Para a revitalização, foi aberta uma licitação que terá o edital revogado após o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) apontar a necessidade de ajustes. “Estamos alinhados com o Tribunal para readequar as solicitações. O importante é que esse procedimento não comprometeu o início dos trabalhos”, afirmou Spies, esclarecendo que, apesar dessa revogação, o começo da restauração está confirmado e que um novo edital será preparado.

O TCDF indicou falhas no planejamento da obra, ausência de justificativa técnica para a exclusão de restauração em alguns blocos que servem como alicerces e ausência de critérios claros para o tratamento de fissuras. Além disso, foram identificadas inconsistências nos preços de diversos serviços e exigiu-se maior transparência nos cálculos dos custos da obra.

Durante reunião entre representantes do tribunal e a diretoria da Novacap, a direção da companhia relatou que uma nova inspeção foi realizada com apoio do Corpo de Bombeiros e que os apontamentos do TCDF levaram a um aprofundamento nas projeções estruturais. Os executivos informaram, também, a ampliação dos estudos técnicos relativos a toda a base de sustentação da ponte.

A JK é a única do Brasil na lista “27 pontes mais bonitas do mundo”, elaborada pela revista norte-americana de viagens Condé Nast Traveler. Ela aparece ao lado de outras como a do Brooklyn, em Nova York, e a da Torre, em Londres.

Admiradora da Juscelino Kubitschek, Luciana Menezes, 42 anos, moradora do Tororó costuma levar o filho, Isaac, 3, à orla da ponte — onde há um parque e restaurantes —para brincar. Ela acredita que a construção carece ser pintada, pois, sendo um cartão-postal da cidade, deve estar bonita para fotografias.

Orla

“A pintura está muito desgastada. As pessoas vêm aqui tirar fotos, e a aparência atual deixa a desejar. A pintura deveria ser uma das primeiras melhorias a serem feitas, seguida por uma reforma na estrutura. Quando se passa de carro sobre ela, dá para ver frestas entre as pistas, o que também precisa ser resolvido”, avaliou.

Gerson Macedo, 33, morador da Vila Planalto, concordou com Luciana e acrescentou que a orla da ponte também precisa de mais cuidados.

“Na orla falta sombra. Não adianta o pessoal vir passar o fim de semana, curtir o cartão-postal da cidade e não ter onde ficar protegendo-se do Sol. Também não há banheiros, bebedouros e nem policiamento. Para valorizar ainda mais o espaço, uma nova pintura seria interessante, além de cuidar da estrutura e da área onde as pessoas vêm para se banhar”, sugeriu.

Correio Braziliense

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