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De sete projetos para a Copa do Mundo, apenas 3 estão prontos

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Diferentemente de outras cidades sedes, Brasília terá o aeroporto reformado e ampliado antes do início da Copa do Mundo, assim como as vias de acesso ao terminal e o viaduto no fim da W3 Sul. Até o evento, que começa em 12 de junho, também estará entregue a revitalização da Torre de Tevê e dos novos jardins em seu entorno. Mas algumas das obras previstas no pacote de benfeitorias para o Mundial ficarão para depois. O prometido Eco Camping, com capacidade para 900 pessoas nem sequer teve as obras iniciadas. Diante dos questionamentos da Justiça e do curto prazo, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) também está longe de ser uma realidade na capital — e já havia sido retirado da lista de obras de mobilidade urbana para o evento.

A maior novidade para quem mora em Brasília ou vai desembarcar na cidade para acompanhar alguma das sete partidas da Copa é o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. Parte da ampliação dele, o Píer Sul, foi entregue em abril. As pontes de embarque e desembarque de aeronaves aumentaram de 13 para 29. A Inframerica, administradora do terminal, também concluiu a ampliação do estacionamento e entregou um novo sistema de esteiras para entrega de bagagem. O Píer Norte foi inaugurado no fim do mês passado.

As novidades, dentro e fora do aeroporto, chamam a atenção dos passageiros. O empresário Leandro Mascarenhas, 29 anos, passou pelo terminal aéreo com a família para ir para Manaus, cidade onde vive, e se surpreendeu com as mudanças. Ele estava com a namorada, a assistente administrativo Kayciane Lima, 29 anos, e a filha, Emily Luane Mascarenhas, 5.

Acostumado a fazer conexões na capital federal, ele ficou surpreso com a reforma. “Está muito bonito e organizado. Os banheiros estão bem melhores, e as esteiras rolantes são um serviço ótimo e ágil. Sem contar que antes ficávamos amontoados naquela sala pequena esperando o voo. Agora, está muito mais confortável”, comenta Leandro. Apesar das novidades, o empresário não deixou de fazer algumas queixas. “Eu achei que falta informação para quem precisa tirar uma dúvida”, completa.

 
Já as obras do Balão do Aeroporto foram entregues pelo governo do Distrito Federal em maio. A reforma teve início em abril de 2013 e custou R$ 53 milhões. Segundo o GDF, o valor é 45% menor do que o previsto inicialmente. A obra incluiu a construção de passagens subterrâneas e a reformulação da rotatória. O viaduto tem 700 metros de extensão, com 300m de área coberta. A obra também incluiu serviço de paisagismo, com a colocação de grama e flores. Os postes de iluminação que ficam antes do túnel do novo viaduto, no entanto, ainda estão desligados. A Companhia Energética de Brasília (CEB) não tem previsão para ligar os equipamentos.

Para o governo, a ampliação da pista que liga o aeroporto ao centro da cidade compensa a ausência do VLT. “Entre as intervenções na DF-047, estão a ampliação e a restauração das duas pistas existentes, a reforma do Balão do Aeroporto e a construção de um viaduto de acesso e duas vias marginais”, destaca, em nota oficial, a Coordenadoria de Comunicação para a Copa (ComCopa). Já os acessos viários do fim da W3 Sul deverão passar por intervenções até o fim do mês para a conclusão das obras do viaduto da região. A via terá oito acessos, dos quais três não existiam antes do início dos trabalhos. O complexo viário será entregue ao custo de R$ 20 milhões.

Estádio
Faltando nove dias para o Mundial, a área no entorno do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha já está nas mãos da Fifa, mas máquinas não param. Próximo à arena, homens trabalham para concluir a revitalização da Torre de TV. As obras do Jardim Burle Marx incluem o paisagismo, as calçadas e a ciclovia da região. Tudo deve estar funcionando antes do início da Copa, promete o GDF. A segunda etapa, que contempla a implantação dos espelhos d’água, vai ficar para depois.

Em volta do estádio, onde deveria haver um projeto paisagístico, o governo faz apenas o recapeamento do asfalto para o acesso dos torcedores. A ideia inicial de fazer um projeto de urbanização e paisagismo para facilitar o acesso de pedestres e ciclistas e de construir até um túnel a fim de ligar o Centro de Convenções Ulysses Guimarães ao estádio também não será concluída agora. Isso porque o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) questionou na Justiça o projeto de mais de R$ 300 milhões.

Trânsito
A construção do balão tem o objetivo facilitar o deslocamento de moradores do Park Way, do Núcleo Bandeirante, do Lago Sul e de usuários do aeroporto. Cerca de 80 mil carros passam pelo local todos os dias. A expectativa é que o novo acesso reduza em 10 minutos o tempo no trânsito na região.

Fonte: OIcidade

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