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Defesas do STF reclamam contra proibição de gravação e transmissão de acareação

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O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Celso Vilardi, afirmou estar surpreso com a ausência de transmissão da acareação entre o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o general Braga Netto, realizada nesta terça-feira (24/6), pelos sistemas oficiais do Supremo Tribunal Federal (STF). Diferente de outras fases do julgamento relativo à suposta conspiração golpista contra a eleição de Lula, este ato não foi exibido publicamente.

A defesa do general Braga Netto também protestou contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, responsável pela ação, que proibiu os advogados de registrarem o procedimento por meio de celulares.

Vilardi destacou, ao sair da Primeira Turma do STF, que considerou a acareação produtiva e lamentou a falta de transmissão, especialmente porque outros momentos do processo contaram com a presença da imprensa e foram exibidos.

“Todos os demais atos do processo foram transmitidos. Alguns, inclusive, para vocês da imprensa. Foi lamentável não ter sido mostrado hoje, pois o delator repetidamente mentiu e, em minha visão, foi desmentido”, declarou o defensor de Bolsonaro, um dos acusados no caso.

Acusações mútuas

O advogado José Lima, que representa Braga Netto, garantiu que Mauro Cid “mente constantemente”. A afirmação aconteceu após a acareação, que reuniu o ex-assistente de ordens de Bolsonaro e o general, que está preso desde dezembro do ano anterior.

Conhecido como Juca, o defensor enfatizou que Cid foi chamado de mentiroso e manteve uma postura cabisbaixa durante a acareação, que durou duas horas.

Foi a primeira vez que Braga Netto e Mauro Cid se confrontaram dentro do processo penal que investiga uma suposta conspiracão golpista para manter Bolsonaro no poder.

“Ele mente o tempo todo. Uma pessoa que prestou 10 depoimentos. Mente aqui e mente ali. Ele estava visivelmente constrangido, com a cabeça baixa”, enfatizou o advogado.

Juca também apontou que as contradições do delator são evidentes e pretende novamente solicitar a anulação da delação.

Resposta da defesa de Cid

O advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, contestou as acusações do advogado do general em uma declaração para o Metrópoles: “Cid diz a verdade! Não mente.”

Além disso, o ministro Luiz Fux e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também participaram da acareação.

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