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PL revisa estratégia após ato com baixa participação

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Enquanto o PL discute suas opções para a candidatura à Presidência em 2026, o partido está reavaliando suas estratégias de oposição ao governo Lula, enfrentando diferenças internas sobre seu caminho futuro. A manifestações recentes com baixa adesão, como a do domingo passado na Avenida Paulista, são vistas por parte do PL como um sinal de desgaste do discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaro tem sofrido pressão de membros do Centrão e aliados próximos para escolher um candidato que o substitua na eleição, caso seja inelegível. No entanto, Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia encaram esses eventos como uma forma de manter o engajamento de seus seguidores.

Alguns colaboradores próximos de Bolsonaro acreditam que as manifestações recentmente têm faltado um planejamento claro para mobilizar os eleitores nas ruas, o que poderia ser superado se um sucessor já estivesse definido. No ato ocorrido no domingo, Bolsonaro e seus aliados focaram no projeto de anistia para os condenados pelos eventos de 8 de janeiro e na ideia de perseguição aos apoiadores do ex-presidente, mas esses temas já são considerados desgastados internamente.

Integrantes da direção do PL defendem a criação de um discurso que una a direita, lançando um candidato de confiança de Bolsonaro para concorrer em seu lugar, estratégia que poderia aumentar a participação nas manifestações do 7 de setembro.

O ato de domingo reuniu cerca de 12,4 mil pessoas no pico, segundo o monitoramento do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento da USP e a ONG More in Common, com margem de erro de 1,5 mil pessoas para mais ou para menos.

Malafaia contesta as críticas internas, ressaltando que os atos no Rio e em Brasília, bem como o ocorrido em São Paulo, ajudam a manter a militância ativa e geram repercussão nas redes sociais. Ele lembra que o público foi prejudicado por eventos como a final do Mundial de Clubes e a situação no Irã, e desafia o presidente Lula a reunir tanta gente na Paulista.

Há divergências também na estratégia parlamentar. Enquanto um grupo, representado pelo líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), prefere uma postura mais combativa contra Lula, outra ala, ligada ao presidente do partido, Valdemar Costa Neto, acredita que é melhor adotar uma tática mais cautelosa, deixando temas econômicos para o Centrão.

Nas campanhas do primeiro semestre, Bolsonaro explorou a crise no INSS, e Valdemar contestou os índices de inflação em público. Porém, para os marqueteiros do partido, essas manifestações diretas provavelmente serão as últimas contra o governo neste ano.

O foco agora é mostrar os esforços do PL para atrair investimentos para os estados, inclusive com a possível participação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em alianças próximas aos bolsonaristas. Vídeos críticos, como os que questionam a taxação do Pix, estão descartados no momento, assim como ataques diretos ao presidente Lula e ao ministro Fernando Haddad (Fazenda).

A ala ideológica do PL, representada por Sóstenes, mantém uma linha mais crítica afirmando que não se deve subestimar Lula para 2026 e defende enfrentar o governo diariamente, enunciando os impactos negativos das políticas atuais para a população brasileira.

Por sua vez, os moderados preferem trabalhar reservadamente para fortalecer nomes que possam desgastar o governo na futura CPI do INSS e construir textos de consenso para anistiar os condenados pelos atos de 8 de janeiro.

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