Polícia solicita investigação sobre ex-militar que morreu após ingerir ácido

A Polícia Civil requisitou a quebra dos sigilos bancário e telefônico de Tiago Augusto Nicolau, de 30 anos, ex-militar que faleceu no dia 18 de junho. Ele foi vítima de agressão e forçado a ingerir uma substância ácida durante um assalto ocorrido oito dias antes, na zona rural de Leme, interior de São Paulo.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a liberação dos sigilos é fundamental para a continuidade das investigações, conduzidas dentro de um inquérito policial.

A Polícia Civil permanece atuando ativamente, tomando todas as providências necessárias para esclarecer o ocorrido.

Testemunhas já foram ouvidas e todos os exames periciais requeridos estão em andamento, conforme informado pela SSP. Assim que os laudos forem finalizados, serão avaliados pela autoridade responsável.

O carro da vítima foi encontrado na última quinta-feira (26/6). Tiago Nicolau trabalhava como motorista de aplicativo. Ele serviu na Força Aérea Brasileira (FAB), mas deixou a instituição em razão de um problema de visão.

Detalhes do ocorrido

Conforme o boletim de ocorrência ao qual o Metrópoles teve acesso, um funcionário de uma usina localizou o corpo de Tiago na Estrada Municipal Prefeito Dr. Sebastião Jair Mourão e acionou o Corpo de Bombeiros.

Informações dos bombeiros indicam que Tiago Nicolau foi rendido por volta das 14h do dia 10 de junho por dois criminosos, que o levaram para a zona rural da cidade. Após a agressão, eles o obrigaram a ingerir uma substância química corrosiva, causando graves ferimentos na boca, língua e laringe.

Os criminosos furtaram o celular e o veículo da vítima, um Renault Sandero.

A esposa de Tiago declarou à polícia que ele saiu de casa por volta das 15h do dia 10 com a intenção de lavar o carro na casa da mãe.

Tiago foi internado em estado grave na UTI da Santa Casa de Misericórdia de Leme. Seu falecimento foi confirmado no dia 18 de junho, conforme comunicado por sua esposa à polícia.

O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Limeira, no interior de São Paulo, para investigação da morte sob circunstâncias suspeitas.