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Papa Leão XIV enfrenta controvérsias sobre abuso na igreja

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As opiniões sobre o papel do Papa Leão XIV nos casos de abuso sexual dentro da Igreja Católica estão divididas. Em uma situação, quando ainda era bispo conhecido como Robert Prevost, ele defendeu as vítimas no Peru, entrando em conflito com influentes membros do clero local.

Ele lutou por justiça contra um grupo católico discutível que usava crianças de famílias ricas para abusos físicos e psicológicos.

Porém, em outra ocasião, Prevost foi criticado por não investigar adequadamente denúncias feitas por três mulheres que sofreram abuso na infância por padres da diocese sob sua responsabilidade.

Enquanto muitos veem suas ações contra o grupo Sodalitium Christianae Vitae como corajosas e fundamentais para apoiar as vítimas, outros questionam sua postura frente a casos em Chiclayo, cidade do norte do Peru, onde a investigação foi considerada superficial.

Durante sua trajetória, Prevost procurou acolher vítimas, promover apoio psicológico e buscar reparações financeiras, mas enfrentou severas críticas devido à continuidade das atividades públicas de padres acusados durante investigações.

As normas do Vaticano orientam que investigações sejam conduzidas com cautela e responsabilidade, mas o alcance e aplicação dessas regras têm sido motivo de debate, especialmente diante da pressão por justiça e transparência.

Ativistas clamam por mudanças estruturais, incluindo uma política de tolerância zero que impeça permanência no ministério de clérigos comprovadamente culpados, com supervisão independente dos bispos encarregados dos casos.

O passado de Leão XIV revela tanto um defensor das vítimas quanto um líder cuja atuação foi questionada na condução de algumas denúncias. As críticas são alimentadas por diferentes perspectivas dentro e fora da Igreja.

Livros e investigações independentes lançaram luz sobre os abusos no Sodalício, destacando métodos de punições severas e maus-tratos. Alguns sobreviventes reconhecem Prevost como um dos poucos bispos dispostos a enfrentar esses problemas.

Em 2023, já como Papa, Leão XIV continuou sendo uma figura central na resposta da Igreja aos escândalos, ao mesmo tempo em que enfrentava a desconfiança de vítimas e ativistas que pedem uma postura mais firme.

Casos recentes em Chiclayo mostram a complexidade do problema e a necessidade de ação mais efetiva. Em meio a denúncias de negligência, abusos foram reportados mesmo durante investigações em andamento, suscitando indignação pública e cobrando maior responsabilidade da Igreja.

Enquanto o Vaticano reforça que procedimentos foram seguidos, a percepção da opinião pública permanece dividida. Para muitos, as respostas ainda não são suficientes para resgatar a confiança dos fiéis e das vítimas.

Ana María Quispe, uma das mulheres que denunciou os abusos, tem usado as redes sociais para expor falhas no tratamento dos casos, afirmando que proteger os acusados perpetua o sofrimento de quem foi vítima.

O Papa Leão XIV, apesar das críticas, é visto por alguns como alguém tentando aprender e melhorar sua atuação frente a estes desafios. O caminho para reconquistar a confiança e garantir justiça plena ainda é longo e exige esforço contínuo.

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