Conecte Conosco

Economia

Mercosul e Efta firmam acordo para fortalecer exportações e atrair investimentos

Publicado

em

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou o Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta) – que inclui Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça – como um passo importante para ampliar a integração do Brasil no comércio global.

O anúncio oficial do acordo será realizado pela Argentina durante a 66ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que acontece nesta quarta-feira, dia 2.

As negociações entre o Mercosul e a Efta começaram em 2017. Em 2019, as partes chegaram a um consenso sobre os principais pontos, embora detalhes sensíveis, como as indicações geográficas, continuem em discussão.

Após a finalização do texto, o acordo passará por uma revisão jurídica, e em seguida, cada país apresentará o tratado para aprovação em seus parlamentos. A expectativa é que a assinatura ocorra ainda este ano, abrindo caminho para a ratificação.

Segundo o presidente da CNI, Ricardo Alban, esse acordo gera enormes oportunidades para o setor produtivo brasileiro e amplia a participação da indústria nacional no mercado internacional, proporcionando melhores condições de acesso a mercados relevantes e consumidores com alto poder aquisitivo.

Para a gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri, a celebração de acordos comerciais modernos com parceiros estratégicos, como a União Europeia (fechado em 2024) e agora a Efta, representa um marco importante na inserção global da indústria brasileira.

A CNI destaca que as exportações brasileiras para a Efta geram retornos econômicos significativos. Em 2024, para cada R$ 1 bilhão exportado para o bloco europeu, foram criados 19,8 mil empregos, gerados R$ 448,7 milhões em salários e produzidos R$ 3,4 bilhões em bens.

A entidade que atuou em apoio às negociações salientou que o acordo prevê períodos de redução gradual das tarifas, que podem durar até 15 anos para produtos mais sensíveis à competitividade com a indústria da Europa.

Nos temas relacionados a compras públicas e propriedade intelectual, a CNI ressaltou a importância de manter as regulamentações nacionais, consideradas essenciais para promover políticas públicas econômicas e sociais.

A Efta é o terceiro maior parceiro do Brasil no comércio de serviços, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da União Europeia. Ela representa 5,5% das exportações e 3,5% das importações brasileiras de serviços na última década. Em 2024, o comércio brasileiro de serviços com o bloco alcançou US$ 1,6 bilhão em vendas e US$ 1,5 bilhão em compras.

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados