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Nove cavalos morrem após comer ração em Guarulhos: ‘dor e perda’

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Nove cavalos criados no haras Dia de Sol, na zona rural de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, faleceram nos últimos dois meses após terem consumido rações da empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda. Segundo o proprietário da chácara, Marcos Barbosa, duas mortes ocorreram nessa terça-feira (1º/7).

O problema teve início em maio. Barbosa explicou que seu haras possuía cerca de 30 animais, sendo que nove morreram e oito estão em tratamento domiciliar, além de cinco que estão no Centro de Treinamento e Estudos (CTE). Ele lamenta especialmente pela perda de uma égua que sua filha de 15 anos criava desde jovem.

Os sintomas apresentados pelos cavalos incluem desorientação, mudanças no comportamento e dificuldades para se locomover. Marcos Barbosa relatou que eles perdem o apetite, ficam prostrados, encostando e até batendo a cabeça contra paredes, além de demonstrarem agressividade como morder.

Quando ocorreu a primeira morte, no dia 16 de maio, a causa ainda era incerta e os sintomas faziam parecer uma doença similar à raiva, embora todos os animais estivessem devidamente vacinados e acompanhados por veterinários.

Um representante da Nutratta visitou o local e confiscou 110 sacos da ração suspeita. Segundo Barbosa, o próprio funcionário afirmou se tratar de algo de natureza criminosa. Após relatos surgirem em grupos, o distribuidor confirmou a suspeita sobre a ração.

Desde 16 de maio, o uso da ração foi suspenso no haras e todos os cavalos passaram por exames e receberam medicamentos apropriados. Apesar disso, alguns animais que inicialmente não apresentavam sintomas começaram a manifestá-los posteriormente.

No Brasil, já foram contabilizadas 650 mortes de cavalos devido ao consumo de ração contaminada, e muitos outros permanecem em tratamento e observação clínica. Em São Paulo, ocorreram 290 mortes e aproximadamente 250 animais em tratamento, especialmente em cidades do interior como Campinas, Sorocaba, Itu, Jundiaí, Jarinu e Indaiatuba.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou, em 17 de junho, o recolhimento de todos os produtos destinados a equinos fabricados a partir de 21 de novembro de 2024, iniciando investigação para apurar as causas das mortes. Também foi constatada a presença de substâncias tóxicas nas rações.

A comercialização das rações foi suspensa desde 4 de junho, devido aos riscos à saúde animal. A empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda. está sob investigação e, conforme a legislação vigente, deve tomar medidas imediatas para autocorreção, incluindo o recolhimento dos lotes afetados.

Até o momento, a Nutratta não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido.

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