EUA minimizam pausa no envio de armas à Ucrânia

Autoridades americanas procuraram diminuir a relevância do anúncio feito pela Casa Branca na última quarta-feira (2) sobre a suspensão parcial no envio de armamentos para a Ucrânia, ressaltando que o presidente Donald Trump ainda possui alternativas militares para apoiar Kiev.

Na terça-feira, o governo de Trump comunicou que interrompeu o fornecimento de certos equipamentos bélicos para Kiev, alegando preocupações acerca do esgotamento dos estoques de munição dos Estados Unidos.

Desde a invasão russa em fevereiro de 2022, a Ucrânia tem sido alvo de ataques com mísseis e drones, e a pausa no envio de munições, especialmente para defesas aéreas, pode enfraquecer sua resistência.

O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, afirmou aos jornalistas que o Departamento de Defesa continua a oferecer ao presidente opções significativas para a assistência militar à Ucrânia, alinhadas ao objetivo de pôr fim a essa guerra trágica.

Ele acrescentou que o departamento revisa e ajusta cuidadosamente suas estratégias para atingir essa meta, preservando a prontidão militar e as prioridades de defesa americana.

A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, declarou aos jornalistas que essa medida não representa uma interrupção da ajuda nem das entregas de armas à Ucrânia, e ressaltou que Kiev estava ciente dessa pausa.

O Ministério da Defesa ucraniano informou que não recebeu notificação oficial de Washington sobre essa decisão.

Na última semana, durante a cúpula da Otan em Haia, o presidente americano se encontrou com seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky, e manifestou compreensão pelo desejo ucraniano em obter sistemas de mísseis Patriot.

Trump comentou que avalia a possibilidade de fornecer alguns desses sistemas, embora sejam difíceis de adquirir, e que os Estados Unidos também precisam deles.

A relação entre os dois líderes tem sido tensa desde um confronto no Salão Oval da Casa Branca em fevereiro.

Trump tem adotado uma postura mais próxima do presidente russo Vladimir Putin, buscando um cessar-fogo entre Kiev e Moscou, sem sucesso até o momento.