Centro-Oeste
SLU faz nova tentativa para encerrar o Lixão da Estrutural

O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do Distrito Federal publicou um edital para iniciar uma nova licitação com o objetivo de contratar uma empresa especializada em Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC).
Esta será a quinta vez que o SLU tenta contratar serviços que visam preparar a área para a desocupação e o fechamento da Unidade de Recebimento de Entulho (URE) do Aterro Controlado do Jóquei, conhecido como “Lixão da Estrutural”, prevista para ocorrer até abril de 2028.
Segundo o SLU, o planejamento iniciou em 2023, mas as licitações anteriores não tiveram sucesso. Houve necessidade de revisar e ampliar o escopo do projeto para torná-lo mais atraente ao mercado, o que resultou em um novo edital previsto para 2025.
O Gerenciamento de Áreas Contaminadas inclui várias etapas diferentes, como avaliação preliminar, investigação, avaliação de risco, elaboração e execução do plano de intervenção e monitoramento.
A sessão pública para recebimento das propostas e contratação da empresa está marcada para o dia 18 de agosto. A empresa selecionada terá um contrato de 15 meses para executar os serviços e definir o planejamento futuro do local.
Sobre o local
Em 2018, o Governo do Distrito Federal anunciou o fechamento do aterro e indicou a transferência dos rejeitos para o Aterro Sanitário de Brasília, situado em Samambaia. Contudo, o local ainda opera recebendo detritos de materiais de construção. O antigo lixão tem aproximadamente 35 metros de altura e não oferece riscos de desabamento, ao contrário do caso do Aterro Ouro Verde em Padre Bernardo.
Os resíduos orgânicos restantes causam um passivo ambiental, ou seja, um dano no meio ambiente devido à acumulação de contaminantes ao longo do tempo. Conforme informado pelo SLU, esses resíduos são inertes e não causam problemas como presença de chumbo ou movimentações no solo.
Para eliminar esses resíduos, são utilizados drenos que queimam o material, liberando o gás metano na atmosfera. Existem 163 drenos interligados ao antigo aterro para realizar esta queima, sendo que cinco já foram desativados após completarem o ciclo.
Processo dos resíduos
Atualmente, recebem apenas resíduos de construção civil, como concreto, cerâmica, tijolos e madeira. A entrada dos caminhões é controlada por pesagem e é exigida a apresentação do Controle de Transporte de Resíduos (CTR), uma medida fiscalizatória para os entulhos.
Cerca de mil caminhões circulam diariamente na região, afetando a rotina dos moradores próximos.
Os materiais são separados conforme sua reutilização: aqueles que demandam muita energia para reaproveitamento são encaminhados para um aterro onde são compactados e monitorados para evitar riscos, enquanto os que podem ser reutilizados são levados para uma unidade de brita para serem transformados em agregados reciclados.
O local recebe mensalmente mais de 130 mil toneladas destes resíduos, dos quais apenas 20% são reciclados.
A reciclagem gera até quatro tipos diferentes de brita, que são utilizados principalmente em vias não pavimentadas.

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