Centro-Oeste
Atirador especializado em encontrar pets morre em troca de tiros com a polícia

Edilmar Pereira Lima, conhecido como o “Sherlock Holmes dos pets”, trabalhava como detetive particular encontrando animais de estimação perdidos e pessoas desaparecidas. Aos 49 anos, ele também era atirador desportivo e caçador, morto após confronto com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) no último domingo, 29 de junho.
Em 1999, Edilmar estabeleceu a agência Central Única Federal dos Detetives do Brasil, dedicada a investigações sigilosas, mas a empresa foi extinta em 2023 por liquidação voluntária. Ele ganhou notoriedade ao oferecer seus serviços através das redes sociais e concedeu entrevistas divulgando seu trabalho.
Com mais de duas décadas de atuação, iniciou na busca por animais quando uma ex-namorada solicitou ajuda para localizar seu cachorro perdido. Conforme relatos, sua agência resolvia cerca de 80% dos casos. Autor do livro Crônicas de um Detetive, publicado em 2004, Edilmar abordava casos reais relacionados à traição nos relacionamentos.
Além de detetive, ele prestava consultoria para obtenção do Certificado de Registro CAC em tiro esportivo, frequentemente postando fotos em clubes de tiro e mostrando armas. Criticava a flexibilização das normas para obtenção do registro CAC, associando isso a fraudes e abusos.
Edilmar Pereira Lima também era dono do Espetinho do Zoguel, que funcionava em sua própria garagem. Segundo vizinhos, ele fazia uso de entorpecentes, ficava agressivo quando consumia álcool e já tinha antecedentes de violência doméstica.
Na madrugada do domingo, a PMDF foi chamada até sua residência, localizada na QE 38 do Guará II, após relatos de violência e disparos. Ao se apresentar, os policiais foram recebidos a tiros, revidaram e encontraram Edilmar ferido no interior do imóvel. Apesar do atendimento do Corpo de Bombeiros, ele não resistiu aos ferimentos.
Foram apreendidos no local armas de cano longo, munições variadas, material para recarga e um colete balístico. O caso foi registrado e segue sob investigação pela 4ª Delegacia de Polícia do Guará.

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