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Trio acusado de assassinato de Igor Peretto tem liberdade negada pela Justiça

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) recusou o pedido de liberdade provisória para Marcelly Peretto, Mário Vitorino e Rafaela Costa. Os três, suspeitos de homicídio qualificado, estão detidos desde setembro pela morte do empresário Igor Peretto, morto a facadas no apartamento de sua irmã em 31 de agosto, em Praia Grande, litoral paulista.
Em documentos apresentados em 18 de junho, poucos dias após a terceira audiência do processo, os advogados dos réus pediram a devolução dos celulares, além da liberdade para responderem ao caso, entre outros pedidos.
O juiz da Vara do Júri de Praia Grande, Bruno Rocha Julio, autorizou a devolução dos aparelhos, mas vetou a liberdade provisória. O magistrado justificou a decisão citando a perigosa conduta dos acusados e a violência extrema do delito.
Igor foi esfaqueado aos 27 anos no apartamento da irmã Marcelly em Praia Grande. O casal Marcelly e Mário são apontados como participantes diretos do crime, com Mário sendo o principal suspeito das facadas fatais. Rafaela, viúva da vítima, teria atraído Igor para o local, sendo considerada pivô do homicídio.
Segundo depoimentos e denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Mário e Rafaela mantinham um relacionamento extraconjugal, e Rafaela teria tido envolvimento amoroso com Marcelly antes do crime. O MP alega que o trio matou Igor por ele interferir no relacionamento deles, tese rejeitada pela defesa, que sustenta que o crime resultou de uma briga após consumo de álcool e drogas.
Os advogados de Marcelly afirmam que as acusações não têm base sólida e contestam a existência do trisal e qualquer benefício econômico da ré. A defesa de Mário alega que ele não fugiu após o crime e que sofreu ameaças, descrevendo o assassinato como ocorrido em um momento de descontrole emocional sem intenção premeditada. A defesa de Rafaela argumenta que não existem mais motivos legais para manter sua prisão preventiva.
O promotor substituto do MPSP, Rafael Viana, se posicionou contra a liberdade, destacando a gravidade do crime, a brutalidade do homicídio e o risco de impunidade e repetição de crimes se os réus fossem soltos.
O juiz Bruno Rocha Julio ressaltou que a prisão preventiva visa garantir a ordem pública, o andamento do processo e a aplicação da lei, destacando a extremada violência do crime, com cerca de quarenta facadas na vítima. Ele também mencionou a fuga dos acusados após o crime e tentativas de alterar provas como motivos para manter a custódia.
Advogados comemoraram a entrega dos celulares, acreditando que eles poderão comprovar a inocência de seus clientes e afastar as acusações de premeditação e trisal, mas a questão da prisão será avaliada na sentença que está por vir.

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