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Economia

Brasil pode virar líder em energia limpa, diz especialista

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O desenvolvimento da inteligência artificial (IA) está aumentando a procura por energia, intensificando o debate sobre a necessidade de fontes limpas, especialmente em data centers e ambientes de nuvem. Segundo um relatório da Deloitte Global, o consumo de eletricidade em data centers pode dobrar nos próximos dois anos devido ao crescimento do mercado de IA.

Sem investimentos em energia renovável, há risco de aumento das emissões. Essa análise é de Thomas Schlaak, líder global do setor de Energia, Serviços Públicos e Energias Renováveis da Deloitte, que também lidera uma iniciativa de sustentabilidade na Alemanha.

Como o crescimento da IA afeta a busca por fontes limpas?

A expansão do uso da IA eleva a demanda energética, principalmente nos data centers e ambientes de nuvem. O relatório “Powering AI” da Deloitte Global prevê que o consumo em data centers pode alcançar até 1.000 TWh em 2030 e 2.000 TWh em 2050, equivalente a cerca de 3% do consumo mundial de eletricidade.

Este cenário causa preocupação.

Quais são os principais riscos?

O maior desafio é evitar que tecnologias avançadas como a IA sejam impulsionadas por energia gerada predominantemente por fontes não renováveis, o que comprometeria as metas ambientais e aumentaria as emissões, além de criar gargalos no sistema de energia. Contudo, o aumento do consumo energético pela IA é mais uma oportunidade do que um problema para a transição energética.

Por que a IA é uma aliada da transição energética?

A IA pode contribuir para o setor energético ao otimizar a distribuição de energia, prever a demanda com precisão, automatizar processos e melhorar a eficiência dos sistemas energéticos.

O Brasil tem potencial para atrair investimentos em energia limpa?

Sim. O Brasil se destaca por sua matriz energética limpa e pelo potencial em energia solar, eólica e biocombustíveis. Um estudo realizado pela Deloitte Brasil com a AYA Earth Partners indica que o país pode aumentar seu PIB em R$ 243 bilhões nos próximos 25 anos explorando de forma responsável minerais como cobre, níquel, cobalto e lítio. Isso coloca o Brasil como um polo importante para geração de energia e fornecimento de matérias-primas essenciais para a transição energética global.

Quais empresas podem se beneficiar desses investimentos?

Empresas inovadoras e startups focadas em armazenamento de energia, hidrogênio verde, gestão digital de redes, eficiência energética, energia descentralizada e biocombustíveis têm grande potencial. Além disso, a cadeia de suprimentos de minerais críticos, fundamentais para baterias e infraestrutura limpa, atrai crescente atenção. Com estratégias certas, o Brasil pode se tornar uma referência nesse setor.

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