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Sangue no carro de empresário em Interlagos não é da esposa

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Os vestígios de sangue encontrados no carro do empresário Adalberto Júnior, desaparecido desde 30 de maio após participar de um evento no Autódromo de Interlagos, pertencem a uma mulher desconhecida e não à sua esposa, Fernanda Dandalo.

O laudo forense indicou a presença de dois perfis genéticos: um pertencente a Adalberto e outro a uma mulher desconhecida, não compatível com o perfil da esposa, conforme declarou o delegado Rogério Thomaz, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Adalberto foi encontrado morto no dia 3 de junho em uma área em obras próxima ao autódromo. Após detectar o material genético, o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação, requisitou uma nova perícia no veículo.

A investigação segue ativa, com diversas diligências em andamento, porém os responsáveis pelo crime ainda não foram identificados.

Depoimentos

Na tarde de 9 de junho, a Polícia Civil ouviu seguranças do Festival Interlagos, evento onde Adalberto Júnior foi visto pela última vez antes de desaparecer. A organização do evento declarou total colaboração com as autoridades durante o processo investigativo.

Cronologia do desaparecimento

No dia do desaparecimento, Adalberto passou o dia com um amigo em evento de motocicletas no Autódromo de Interlagos. Os dois compartilhavam o interesse por motos e faziam parte de um grupo no WhatsApp chamado “Renatinha Motoqueirinha”. Participaram de test drives, tomaram café e assistiram a uma série de atrações, incluindo um show do cantor Matuê, durante o qual consumiram bebidas alcoólicas e maconha.

Conforme o depoimento do amigo, Adalberto estava alcoolizado e agitado, mas não houve brigas ou desentendimentos. O empresário saiu do evento às 21h15 dizendo que iria jantar com a esposa. O amigo permaneceu no local até as 22h30 e depois voltou para casa, onde dormiu.

Pouco depois da meia-noite, a esposa de Adalberto enviou uma mensagem perguntando sobre o paradeiro do marido. No dia seguinte, o amigo teve sua motocicleta roubada por indivíduos armados, mas não há confirmação de ligação com o caso.

Descoberta do corpo

O corpo de Adalberto foi localizado em um buraco de aproximadamente 2 metros de profundidade na Avenida Jacinto Júlio, perto do kartódromo. Ele estava usando apenas uma jaqueta e cueca, com um capacete colocado na cabeça e as mãos erguidas. A vítima não apresentava ferimentos aparentes, fraturas ou sinais de violência externa. Havia terra em seu rosto e mãos, indicando que o corpo foi colocado no local após a morte ou inconsciência.

A identificação foi feita com base na aliança de casamento que Adalberto usava em uma das mãos. Seu celular, carteira e documentos estavam no bolso, e as roupas restantes não foram encontradas. A jaqueta possuía valor estimado entre R$ 2.500 e R$ 3.000.

Segundo o legista, o corpo estava no local entre 36 e 40 horas, mas o estado de decomposição indicava que o tempo real de morte não coincidia exatamente com o desaparecimento.

Investigação

O caso é tratado como morte suspeita pelo DHPP. O corpo foi encontrado por um funcionário da obra que, inicialmente, pensou se tratar de um boneco devido ao capacete. O inquérito prossegue enquanto a polícia faz diligências para esclarecer as circunstâncias da morte e identificar os responsáveis.

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