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Michelle restringe visitas e contatos de aliados do PL com Bolsonaro

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Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, limitou o contato de aliados do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por um período indefinido enquanto ele se recupera de uma esofagite causada pelo uso prolongado de sonda após cirurgia.

Na terça-feira, Bolsonaro voltou a se sentir mal, cancelando suas agendas do mês após receber orientações médicas para repousar. Assim como ocorreu em abril, quando ele passou por um procedimento abdominal, Michelle comunicou formalmente ao líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), para que parlamentares evitassem contato e visitas durante esse período.

Sóstenes declarou: “Conversei com a Michelle, que solicitou à bancada para evitar contatos e convites para eventos, pois o presidente resiste às restrições do tratamento. Eu mesmo não o contatei após entender isso.”

Michelle tem exercido papel decisivo no tratamento e nas restrições de acesso ao ex-presidente. No início do ano, a decisão de realizar a cirurgia em Brasília, em vez de São Paulo, foi para evitar que ele ficasse sob os cuidados de seu médico antigo, Antonio Luiz Macedo.

Nos primeiros dias de internação atual, assim como anteriormente, Michelle controlou rigorosamente os contatos telefônicos de Bolsonaro, autorizando somente pessoas específicas, como o deputado Luciano Zucco (PL-RS) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Aliados que esperavam acesso livre foram informados de que apenas familiares e pessoas autorizadas poderiam se comunicar diretamente com o ex-presidente.

A escolha de afastá-lo do núcleo político do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante a cirurgia desagradou alguns aliados, enquanto Michelle passou a intermediar os contatos dele com figuras do PL, filtrando quais conversas estratégicas seriam permitidas. Senadores como Rogério Marinho (PL-RN) e Damares Alves (Republicanos-DF) ficaram restritos à recepção do hospital, conversando apenas com os médicos responsáveis.

Bolsonaro vem enfrentando crises constantes de soluço desde abril e, para evitar novos episódios, os médicos recomendam repouso e exercícios regulares. O cirurgião Cláudio Birolini, que monitora seu estado de saúde, relatou melhora recente do ex-presidente, que comunicou estar se sentindo bem, sem novas crises.

Uma nova cirurgia está descartada pela equipe médica.

O agravamento da saúde do ex-mandatário gerou preocupação entre a liderança do PL, que teme que os episódios hospitalares recorrentes possam transmitir uma imagem de fragilidade do principal nome do partido. Apesar de estar inelegível, Bolsonaro mantém a intenção de concorrer à Presidência em 2026.

No partido, há receio de que adversários — tanto da esquerda quanto da direita — usem os problemas de saúde de Bolsonaro para questionar sua capacidade eleitoral. Por isso, a recomendação interna é não contar com sua participação em eventos públicos até que haja uma liberação médica.

Com as recentes mudanças em seu quadro clínico, Bolsonaro cancelou compromissos previstos em Santa Catarina e Rondônia. A ausência em eventos foi comunicada aos aliados após sua falta no evento do PL 60+ na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Após se recuperar de uma pneumonia infecciosa, Bolsonaro retomou algumas agendas, seguindo tratamento com antibióticos e recomendação médica para repouso. No entanto, ele participou de manifestações na Avenida Paulista e viajou a Belo Horizonte na semana passada, contrariando orientações médicas para reduzir suas atividades públicas.

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