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Homem é preso após atacar ônibus e ferir passageira em São Paulo

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A Polícia Civil prendeu na noite de domingo (6/7) o indivíduo acusado de atirar uma pedra contra um ônibus, ferindo uma passageira no dia 27 de junho, na Avenida Washington Luís, no Campo Belo, zona sul da cidade de São Paulo. Essa sequência de atos de vandalismo contra ônibus já contabiliza mais de 260 casos somente na capital paulista, conforme dados da SPTrans.

Conforme comunicado da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o acusado foi identificado e detido por agentes da 6ª Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (Disccpat) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), atendendo a um mandado de prisão.

Na data do ocorrido, um ônibus da empresa MobiBrasil, operando na linha 607C/10, foi atingido por uma pedra por volta das 21h45. O impacto quebrou uma das janelas próximas ao assento onde estava a passageira atingida, causando-lhe ferimentos. Imagens das câmeras do coletivo mostram o momento do ataque e o desespero da vítima.

A vítima foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Santa Catarina. Não foram divulgadas informações atualizadas sobre seu estado de saúde.

No dia 4 de julho, um adolescente envolvido em um ataque similar em Cotia, região metropolitana, foi apreendido. Naquele dia, seis ônibus foram vandalizados. Cotia contabilizou 30 ataques em um mês, segundo o secretário de Segurança Pública local.

Em 5 de julho, dois homens foram presos na hora em que causavam danos a ônibus em Pirituba e Santo Amaro. No caso de Pirituba, um dos suspeitos foi capturado após arremessar uma pedra contra um ônibus na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães às 6h54, ferindo uma mulher, cujo estado de saúde não foi atualizado. O detido foi encaminhado ao 87º Distrito Policial (Vila Pereira Barreto).

A Prefeitura de São Paulo informou que desde 12 de junho, as empresas de transporte municipal registraram 260 ônibus danificados em toda a cidade, incluindo os três ataques ocorridos entre a madrugada e a manhã do último sábado. Os atos ocorreram em todas as regiões da capital, segundo a administração municipal.

A SPTrans recomenda que as empresas comuniquem imediatamente os incidentes à Central de Operações e registrem as ocorrências junto às autoridades. Além disso, há obrigação de substituir quaisquer veículos danificados por unidades reservas para garantir a continuidade do serviço. Empresas que não cumprirem essa norma podem ser penalizadas.

Ronaldo Sayeg, diretor do Deic, comentou em coletiva na última quinta-feira (3/7) que uma provável motivação para esta onda de ataques são os desafios virais na internet. Ele descartou, por enquanto, envolvimento de facções criminosas, afirmando que os ataques não apresentam um propósito claro característico dessas organizações.

O trabalho de monitoramento das redes sociais está em andamento, mas ainda não há evidências concretas que confirmem essa hipótese. Essa possibilidade também foi mencionada pelo vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), que conversou com o delegado responsável pela Baixada Santista sobre o tema.

Para combater os ataques, a Polícia Militar lançou a Operação Impacto – Proteção a Coletivos, mobilizando cerca de 7,8 mil policiais e 3,6 mil viaturas em todo o estado, com o objetivo de proteger passageiros e trabalhadores do transporte público.

Simultaneamente, a Polícia Civil, por meio do Deic, continua a identificar os responsáveis pelos atos de vandalismo. Há também monitoramento das plataformas digitais, visto que se suspeita que os ataques estejam sendo organizados online. As investigações contam com o auxílio da Divisão de Crimes Cibernéticos (Dcciber).

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