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Ouro permanece estável com dólar forte e tarifas em foco

O contrato do ouro mais negociado teve uma sessão estável no início da semana. Por um lado, o metal foi pressionado pela valorização do dólar no mercado internacional. Por outro, ganhou atração como um investimento seguro devido à incerteza em torno das políticas comerciais dos Estados Unidos e das tarifas propostas por Donald Trump.
O ouro para entrega em agosto terminou o dia na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), cotado a US$ 3.342,80 por onça-troy.
O metal precioso está em uma luta entre a contínua busca por moedas consideradas porto-seguro e a força do dólar americano, comenta Aaron Hill, da FP Markets. A data limite para as tarifas anunciadas por Trump, 1º de agosto, tem aumentado a incerteza, reforçando o papel do dólar como ativo seguro e limitando a valorização do ouro, explica Hill.
Na tarde desta segunda-feira, o presidente dos EUA anunciou a aplicação de uma tarifa de 25% sobre todos os produtos provenientes do Japão e da Coreia do Sul a partir de 1º de agosto, divulgou em cartas na plataforma Truth Social.
Donald Trump também indicou a possibilidade de uma tarifa de 10% sobre países integrantes do bloco Brics, levando a uma valorização do dólar e impacto negativo no ouro, conforme análise do MUFG. No entanto, o governo não pretende implementar imediatamente essa tarifa, mas monitorará as ações desses países para determinar se medidas serão tomadas futuramente, segundo fontes da Reuters.
Recentemente, o Conselho Mundial do Ouro (WGC) informou que, em maio de 2025, as compras líquidas dos bancos centrais atingiram 20 toneladas, ligeiramente abaixo da média mensal de 24 toneladas até o momento neste ano.
De acordo com o Bank of America, “os bancos centrais estão adquirindo ouro para diversificar reservas, reduzir exposição ao dólar e proteger contra inflação e incertezas econômicas, uma tendência que deve continuar”.
Com informações da Dow Jones Newswires.

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