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Protesto no Rio pede que Brics corte relações com Israel

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Na tarde desta segunda-feira (7), um protesto na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, solicitou que o Brasil e os países do Brics interrompam as relações econômicas, diplomáticas e militares com Israel.

A manifestação foi organizada pelo Comitê de Solidariedade com a Luta do Povo Palestino do Rio durante o segundo e último dia da reunião do Brics.

Este comitê é formado por partidos políticos e organizações da sociedade civil. De acordo com uma das líderes, Maristela Santos Pinheiro, as entidades rejeitam a declaração final da 17ª Cúpula do Brics, que reforçou a defesa da solução de dois Estados — um palestino e outro israelense — para o conflito do Oriente Médio, que já dura mais de sete décadas.

“Os palestinos foram expulsos de suas residências e mortos para a criação do Estado sionista de Israel. O que restou da Palestina, na Faixa de Gaza e Cisjordânia, está sob constante ataque. Acampamentos feitos de lona estão sendo bombardeados, afetando a população local”, afirmou Maristela.

Segundo a ativista, os movimentos defendem um Estado palestino secular e democrático, que respeite todas as populações, incluindo palestinos, judeus e cristãos.

“O Estado de Israel foi estabelecido, mas não tem ligação legítima com aquelas terras. Não queremos expulsar judeus; queremos um Estado para todos”, explicou a coordenadora.

Embora membro do Brics, o Irã expressou opinião divergente. O chanceler iraniano, Seyed Abbas Araghchi, criticou a solução de dois Estados como “impraticável” e propôs um Estado único para muçulmanos, cristãos e judeus.

“A República Islâmica do Irã acredita que uma solução justa para a Palestina seria um referendo envolvendo todos os habitantes originais da região, judeus, cristãos e muçulmanos. Esta proposta não é irrealista nem inatingível”, declarou o ministro.

O rabino Yisroel Dovid Weiss, de Nova York, da organização Judeus Unidos contra o Sionismo, participava da manifestação para mostrar a urgência dos líderes do Brics agirem para deter o genocídio em Gaza e o bloqueio humanitário imposto por Israel à população local.

“Condenar a ocupação da Palestina não é ser antissemita nem contrário à fé judaica, mas sim estar contra a ocupação sionista do Estado de Israel”, afirmou.

O rabino destacou que o sionismo é um movimento político nacionalista que visa conquistar territórios e subjugar outros povos.

Eduardo Mariani, diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio (Sepe), destacou que um estado secular acolhe todas as religiões.

“Antes da criação do Estado de Israel em 1948, judeus e muçulmanos viviam de forma pacífica na Palestina. Israel foi um Estado criado artificialmente pelas Nações Unidas. Em 1948, cerca de 750 mil palestinos foram forçados a abandonar suas casas. Não somos contra os judeus, mas sim contra o governo de extrema-direita de Benjamin Netanyahu.”

No documento oficial da cúpula no Rio, divulgado no domingo (6), os Brics pedem a retirada completa de Israel da Faixa de Gaza, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, territórios palestinos ocupados desde 1967.

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