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Justiça revoga liminar que adiou eleição do PT em Minas

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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) anulou, nesta segunda-feira, a liminar que havia provocado o adiamento das eleições do PT em Minas Gerais.

A decisão anterior, tomada no sábado, atendia a um pedido da deputada federal Dandara Tonantzin, cuja candidatura à presidência do diretório estadual foi barrada por não quitar uma dívida de campanha. A parlamentar afirma que o pagamento foi realizado, mas não compensado devido a um erro bancário.

O PT nacional afirma que Dandara não apresentou comprovação da falha bancária e desrespeitou as regras internas, comprometendo a transparência e igualdade do processo. O banco também negou ter cometido erro: “Não há no referido e-mail qualquer indicação de que o pagamento agendado para 29/05 não foi realizado devido a falha da instituição bancária. A instituição financeira não admite erro nem apresenta justificativa para o não pagamento.”

Nesse cenário, o desembargador Roberval Casemiro Belinati considerou que a inclusão de Dandara fora do prazo viola a igualdade entre os candidatos, especialmente aqueles que seguiram rigorosamente as regras, e destacou que a Justiça não deve intervir na democracia interna dos partidos.

“Defiro o pedido de concessão do efeito suspensivo ao presente agravo de instrumento, suspendendo os efeitos da decisão agravada para manter a eficácia das decisões internas do PT que negaram a candidatura da agravada ao cargo de Presidente no Diretório Estadual de Minas Gerais.”, determinou.

Com essa nova determinação, o diretório estadual do partido agendará às 17h desta terça-feira uma reunião para definir nova data para a votação, que não ocorreu no último domingo, ao contrário das demais unidades federativas. Aliados de Dandara, no entanto, prometem recorrer, o que pode prolongar o conflito.

A principal rival de Dandara na disputa é a deputada estadual Leninha. Apesar da concorrência, ambas apoiam o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD) para o governo de Minas e se opõem ao atual governador Romeu Zema (Novo).

O imbróglio em Minas afetou diretamente a eleição nacional do PT. Como o terceiro maior colégio eleitoral do partido, Minas representa cerca de 10% dos votos e acabou ficando fora da votação no domingo. Mesmo assim, apoiadores do ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, favorito à presidência nacional, acreditam que o resultado será confirmado até quarta-feira.

Apurações internas indicam que Edinho, candidato da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB), domina com mais de 60% das intenções e poderá ser eleito já no primeiro turno.

Seu favoritismo é forte em estados com grande número de delegados, como São Paulo, onde o deputado federal Kiko Celeguim deve se reeleger, superando o ex-vereador Antonio Donato. Projeções até a tarde de segunda-feira apontavam vantagem de 80% em São Paulo.

No sábado à noite, a direção nacional do partido havia suspendido a votação em Minas após liminar favorável à participação de Dandara. Agora, com a reversão dessa decisão, o cenário permanece incerto, com possível nova judicialização.

A direção mineira, atualmente liderada pelo deputado estadual Cristiano Silveira, trabalha para que a votação ocorra no próximo fim de semana.

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