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Edinho, novo chefe do PT, quer reunir forças para reeleger Lula em 2026

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Edinho Silva foi eleito presidente nacional do PT com ampla vantagem nesta segunda-feira. Ele declarou que sua principal missão é unir o partido e ajudar a formar uma frente democrática em torno da candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a reeleição em 2026.

Em seu discurso após a vitória, Edinho afirmou que a vitória de Lula simboliza a defesa da democracia contra grupos que, segundo ele, são guiados por um pensamento autoritário.

— Meu objetivo será unificar nosso partido, mesmo entendendo os desafios complexos envolvidos. O desafio de garantir a reeleição do presidente Lula em 2026 representa a luta da democracia contra o crescimento de posturas autoritárias na política brasileira, inspiradas em ideias fascistas. Estou ciente da grandiosidade dessa missão e quero expressar publicamente minha disposição para trabalhar e dialogar na construção de uma frente democrática que assegure a reeleição do presidente Lula — declarou.

A eleição de Edinho aconteceu mesmo sem a conclusão do processo eleitoral em Minas Gerais, que é o terceiro maior colégio eleitoral do partido. A votação naquele estado foi adiada por questões judiciais e será realizada no próximo domingo. Também faltam computar votos de outros estados como Pernambuco, Bahia, Paraná e Rio de Janeiro. A expectativa é que mais de 400 mil filiados participem do processo.

Com 73,48% dos votos apurados (totalizando 342,2 mil votos), Edinho lidera com folga. Na parcial, o deputado Rui Falcão está em segundo lugar com 11,15%, seguido por Romênio Pereira com 11,06% e Valter Pomar com 4,3%.

Essa vitória consolida a força de um grupo que defende uma estratégia de alianças amplas, com maior abertura ao diálogo com partidos de centro e centro-direita. A nova direção também aproxima mais o partido do Palácio do Planalto — uma mudança em relação à gestão anterior de Gleisi Hoffmann, que enfrentou conflitos, inclusive com setores do próprio governo.

Nos bastidores, a indicação de Edinho não teve o apoio inicial de Gleisi, mas a tensão diminuiu após a reforma ministerial e a nomeação dela para a Secretaria de Relações Institucionais. Em seu discurso, Edinho reconheceu a importância da líder, chamando-a de “a maior da história do PT” devido à condução do partido durante a Lava-Jato e o período em que Lula esteve preso.

Outro fator decisivo foi a retirada da candidatura do vice-presidente nacional Washington Quaquá, que teria acontecido com a garantia de que a atual secretária de Finanças, Gleide Andrade, manteria seu posto. Gleide marcou presença na cerimônia de posse do novo presidente e é vista como uma peça-chave para equilibrar as diferentes correntes internas da legenda.

Defesa da decisão do governo sobre IOF

Edinho também defendeu a decisão do governo de recorrer à Justiça após o Congresso Nacional derrubar o decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), afirmando que isso não está em desacordo com a busca pelo diálogo:

— O governo reagiu a uma derrota imposta. Não havia outra alternativa senão debater com a sociedade. O governo já havia sinalizado ao Congresso sua posição. É importante que o governo defenda suas posições mesmo diante das derrotas no Congresso Nacional. Isso não representa contradição — explicou Edinho.

O ex-prefeito de Araraquara agradeceu publicamente o apoio do presidente Lula na disputa pela presidência do PT e garantiu que se empenhará para merecer a confiança do líder.

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