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Deputado Júnior Mano nega envolvimento em fraudes investigadas pela PF

Deputado federal Júnior Mano (PSB-CE), alvo de investigação da Polícia Federal por suspeitas de fraudes em licitações relacionadas a emendas parlamentares, afirmou que não possui envolvimento em processos licitatórios, nem em supervisão de contratos ou ordens de despesas.
A Polícia Federal realizou buscas em seu gabinete na Câmara dos Deputados, em seu apartamento funcional em Brasília e em sua casa no Ceará.
Segundo nota oficial, como parlamentar, Júnior Mano não executa funções administrativas ou executivas em prefeituras. A defesa destacou a confiança do deputado nas instituições e afirmou que ele acredita que a investigação comprovará sua inocência.
A operação, chamada Underhand, investiga uma organização criminosa que possivelmente desviava recursos públicos por fraudes em contratos e licitações. A PF apura se verbas oriundas de emendas parlamentares foram usadas para custear campanhas eleitorais clandestinas no Ceará nas eleições municipais de 2024.
Os investigadores suspeitam que o grupo direcionava recursos públicos a municípios do Ceará em troca de benefícios ilegais e manipulava concorrências por meio de empresas envolvidas no esquema. Embora os recursos sejam de emendas, a apuração foca principalmente em possíveis crimes eleitorais.
Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, Fortaleza e em mais quatro cidades cearenses. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 54,6 milhões de contas bancárias de investigados, pessoas físicas e jurídicas. A Controladoria-Geral da União (CGU) apoia a operação.
A investigação começou com uma denúncia da prefeitura de Canindé (CE), local também alvo da ação. Ao identificar indícios contra o parlamentar, o processo foi encaminhado ao STF. Em fevereiro, o ministro Gilmar Mendes ordenou que o caso tramitasse na Corte e fixou prazo para um relatório parcial da Polícia Federal. A Procuradoria-Geral da República também pediu que o inquérito permaneça no Supremo.

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