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Brasil e Índia solicitam assento fixo no Conselho de Segurança da ONU com apoio da China e Rússia

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Brasil e Índia, apoiados por China e Rússia, atuais membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, fizeram nesta terça-feira (8) um pedido por uma vaga permanente nesse órgão, que é o mais importante dentro das Nações Unidas e cujas decisões são obrigatórias.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu em Brasília o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, logo após a participação de ambos em uma cúpula do Brics, grupo de países emergentes que representa quase metade da população mundial.

“Brasil e Índia possuem um enorme potencial e, por isso, reivindicamos o direito de integrar o Conselho de Segurança da ONU”, declarou Lula à imprensa ao término do encontro, durante uma visita oficial.

Na cúpula do Brics realizada no Rio de Janeiro no domingo, os onze membros plenos do grupo, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, defenderam uma reforma no Conselho de Segurança para ampliar a representatividade dos países em desenvolvimento, conforme a declaração final do encontro.

No documento, China e Rússia, dois dos cinco membros permanentes do Conselho, expressaram claramente seu apoio à entrada do Brasil e da Índia.

Os Estados Unidos, França e Reino Unido completam o grupo dos cinco membros permanentes do Conselho, todos com poder de veto sobre as decisões tomadas. Dez outras nações participam de forma rotativa, sem direito a veto.

Lula criticou que “os membros permanentes são justamente os que mais instigam conflitos armados”.

O Conselho de Segurança é responsável por impor sanções para garantir o cumprimento das decisões do órgão. Recentemente, tem sido alvo de críticas pela falta de ação diante dos conflitos na Ucrânia e em Gaza, devido aos vetos exercidos pela Rússia e pelos Estados Unidos.

Narendra Modi afirmou que “em tempos de conflitos e incertezas, a aliança entre Índia e Brasil é um importante pilar de estabilidade e equilíbrio. Acreditamos que todas as disputas devem ser resolvidas por meio do diálogo e da diplomacia”.

No recente mês de maio, Índia e Paquistão, duas potências nucleares vizinhas, protagonizaram um dos piores confrontos em décadas, trocando ataques durante quatro dias.

Outros países, como Japão e Alemanha, também solicitaram uma cadeira permanente no Conselho, mas sem sucesso até o momento. A entrada de novos membros exige aprovação de dois terços dos Estados-membros da ONU, incluindo todos os cinco membros permanentes do Conselho.

Lula recebeu Modi no Palácio da Alvorada, residência oficial, onde os dois líderes assinaram acordos bilaterais em áreas como combate ao terrorismo, energias renováveis e tecnologias digitais.

Brasil e Índia, duas das maiores democracias do mundo, têm intensificado sua parceria estratégica desde 2006. Com um comércio bilateral que alcança 12 bilhões de dólares em 2024, a Índia é atualmente o décimo maior parceiro comercial do Brasil.

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