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Foragido do PCC é visto em imóvel de luxo

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Quatro dias antes de o Ministério Público de São Paulo (MPSP) realizar uma busca em um apartamento de alto valor no Tatuapé, zona leste da capital, Silvio Luiz Ferreira, conhecido como Cebola, foragido por uma década e integrante da liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC), esteve no local.

Essa visita em abril de 2024 foi confirmada por meio das câmeras de segurança do apartamento, avaliado em R$ 3,7 milhões, registrado em nome da empresa AHS Empreendimentos e Participações, de propriedade de Ahmed Hassan Saleh, o Mude.

Mude, ex-sócio da empresa de ônibus UpBus, suspeita de lavagem de dinheiro para o PCC, tem sido investigado por supostas conexões com a facção durante as eleições e pelo assassinato do delator Vinícius Gritzbach.

Nas imagens capturadas, além de Cebola, aparecem um advogado supostamente aliado e a esposa de Mude, Rosana Aparecida Ferreira dos Santos, frequentando o imóvel em 5 de abril de 2024.

Relatórios do Gaeco indicam que o local estava sendo preparado para futura ocupação, alinhado a denúncias de que o apartamento seria uma residência do líder do PCC.

O imóvel está situado a aproximadamente 800 metros da residência de Mude, facilitando o contato entre ambos.

Cebola nega qualquer ligação com o PCC, e tanto ele quanto Mude não foram localizados para comentar.

Área de domínio do PCC

O Tatuapé se consolidou como reduto das cabeças do PCC na cidade, com investimentos significativos em imóveis e veículos de alto padrão provenientes do tráfico de drogas.

Esses bens são frequentemente registrados em nomes de terceiros para dificultar rastreamentos financeiros.

Perfil de Cebola

Silvio Luiz Ferreira foi condenado por tráfico e teve envolvimento comprovado em movimentações financeiras ilícitas da organização, sendo alvo da Operação Fim da Linha em 2023, que investigou recursos superiores a R$ 732 milhões.

Associado à UpBus, empresa de transporte na zona leste, Cebola continua foragido após apreensões de armas em seu apartamento.

Histórico criminal

Desde 1998, Cebola acumula passagens pela polícia por roubo e tráfico, tendo sido mantido em diversas penitenciárias paulistas e liberado condicionalmente em 2002.

Em 2012, foi preso com grandes quantidades de drogas, atuando com liderança nas atividades do PCC.

Acusações de lavagem de dinheiro

A Operação Sharks, iniciada em 2020, revelou o envio de grandes quantias de dinheiro do PCC para o Paraguai por meio de técnicas específicas de lavagem.

Cebola estaria envolvido na gestão logística das cargas de cocaína e no controle financeiro dos laboratórios de drogas.

Embora parte dos envolvidos tenha sido condenada, não houve indícios suficientes para manter a denúncia contra Cebola.

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