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STF investiga desvios em emendas com líder do governo Lula na mira

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O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou uma nova investigação para apurar suspeitas de desvios na aplicação de emendas parlamentares, tendo como um dos investigados o líder do governo Lula na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Essa investigação decorre de uma operação recente da Polícia Federal que teve como foco principal o deputado Júnior Mano (PSB-CE).

O ministro Gilmar Mendes, responsável por autorizar a nova investigação, destacou a necessidade de aprofundar as apurações sobre a possível participação de autoridades com foro privilegiado, incluindo José Guimarães, Eunício Oliveira (MDB-CE), ex-presidente do Senado, e Yury do Paredão (MDB-CE). Os três negam envolvimento em irregularidades.

Segundo a decisão do ministro Gilmar Mendes, a nova investigação tem como foco a identificação de eventuais usos ilegais e execuções ilícitas das emendas parlamentares, respeitando os direitos legais dos parlamentares mencionados.

José Guimarães declarou que não destinou emendas para os municípios apontados nos supostos desvios. Ele afirmou que não enviou emendas para Choró (CE), local onde seu partido perdeu nas últimas eleições municipais, e que não houve destinação de emendas para Canindé (CE) nos anos de 2024 e 2025.

A operação da Polícia Federal que investiga Júnior Mano apura se as emendas indicadas a municípios do Ceará foram usadas para licitações fraudulentas, com os valores desviados para financiar campanhas eleitorais de aliados.

Os nomes dos parlamentares foram citados em diálogos e documentos apreendidos durante as investigações. Um dos suspeitos, Carlos Alberto Queiroz (conhecido como Bebeto do Choró, PSB), que foi eleito prefeito de Choró, mas não assumiu por decisão judicial, é apontado como operador do esquema criminoso de cobrança de propina para destinação de emendas.

Em mensagens obtidas, Bebeto menciona os deputados José Guimarães e Eunício Oliveira como responsáveis por indicar verbas para municípios cearenses, com valores que seriam usados para obras em saúde e pavimentação.

Um relato de uma ex-prefeita de Canindé informa que ela teria se recusado a devolver parte do valor das emendas enviadas por José Guimarães, decisão que gerou o rompimento dela com o grupo político de Júnior Mano.

As assessorias dos deputados negaram irregularidades: a assessoria do deputado Eunício Oliveira afirmou que as emendas são destinadas de forma transparente e de acordo com a legislação, e que a emenda para Canindé só foi indicada recentemente, estando o deputado atento para evitar qualquer irregularidade. Já a assessoria do deputado Yury do Paredão ressaltou que todos os recursos disponibilizados no Portal da Transferência da Câmara comprovam a responsabilidade do parlamentar na condução dos seus atos.

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