Centro-Oeste
Paciente agride enfermeira a socos em unidade básica de saúde em Samambaia

Uma enfermeira foi violentamente agredida por uma paciente na Unidade Básica de Saúde 11 (UBS) de Samambaia Norte, na última quarta-feira (9/7). Como resultado do incidente, a unidade precisou ser fechada temporariamente.
O Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal denunciou o caso, destacando que a profissional foi atacada enquanto desempenhava suas funções, após prestar atendimento a uma paciente.
Segundo a vice-presidente do sindicato, Úrsula Batista, que também é gerente da UBS, a enfermeira sofreu socos no rosto.
“Sabemos que havia apenas uma médica na unidade, que não estava conseguindo atender toda a demanda. Uma técnica de enfermagem informou a uma paciente que seu caso não era urgente e, por isso, não poderia ser atendida naquele momento. A paciente se revoltou e lançou o computador da técnica ao chão. A enfermeira então tentou intervir, sendo recebida com socos pela mulher”, relatou Úrsula.
A agressora foi detida e encaminhada à delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal para as providências cabíveis.
O sindicato ressalta que essa não é uma situação isolada. Na semana anterior, duas enfermeiras do setor de acolhimento da mesma unidade também sofreram ameaças.
“A UBS 11, assim como várias outras unidades da rede pública de saúde, enfrenta um déficit crônico de profissionais, incluindo enfermeiros e técnicos. A falta de pessoal, combinada com a sobrecarga de trabalho, ausência de segurança e condições precárias, tem colocado os profissionais da saúde em situações de violência e adoecimento inaceitáveis”, explicou.
O SindEnfermeiro-DF esteve na UBS no mesmo dia da agressão para oferecer apoio à enfermeira, à equipe e avaliar as condições da unidade.
“Nosso departamento jurídico já iniciou as ações necessárias para dar suporte à profissional e acionar os órgãos competentes, buscando a responsabilização dos envolvidos. Também exigimos que a Secretaria de Saúde do DF tome medidas urgentes para reforçar a segurança e resolver os problemas estruturais graves”, concluiu o sindicato.
A reportagem tentou contato com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço continua disponível para resposta.

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