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PM reconhece erro ao informar sobre morte de homem rendido: descuido

Coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar (PM) de São Paulo, declarou nesta sexta-feira (11/7) que a instituição cometeu um “descuido” ao informar que o local onde um homem rendido foi morto com um tiro na cabeça, na noite da quinta-feira (10/7) em Paraisópolis, seria uma “casa bomba” utilizada por organizações criminosas para guardar armas e drogas.
Inicialmente, a PM divulgou uma nota dizendo que a morte aconteceu durante um confronto com criminosos, enquanto investigavam uma denúncia sobre armamento pesado na região da zona sul de São Paulo. Em entrevista coletiva, Massera esclareceu que confronto não ocorreu. Dois policiais foram detidos em flagrante e o restante dos envolvidos está sob investigação.
“Trabalhamos com informações em tempo real, o que pode levar a imprecisões e necessidade de correções. A informação passada inicialmente não correspondia à realidade”, afirmou Massera.
O porta-voz também comentou sobre a divulgação de uma foto mostrando material apreendido e um suspeito ao fundo, classificando como um erro por descuido, algo que não deveria acontecer sob nenhuma circunstância.
Coronel Emerson Massera informou que a Polícia Militar abriu um procedimento investigativo para apurar os fatos. Há a suspeita acerca de uma casa bomba na área, mas ele reforçou que “não era uma casa bomba, e essa situação precisa ser cuidadosamente analisada”.
Protesto em Paraisópolis
Após a operação policial na quinta-feira (10/7), moradores da comunidade realizaram um protesto que envolveu barricadas em chamas, viraram veículos e houve troca de tiros com policiais das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rotas). Nesse confronto, um morador de 29 anos foi morto e um policial ficou ferido, sendo encaminhado ao Hospital Albert Einstein, na zona oeste.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) tratou o caso como duas ocorrências distintas: a operação que resultou na morte durante a tarde e o protesto subsequente, ambas investigadas pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) por meio de inquéritos policiais.
Esclarecimento da PM
Massera destacou que no momento dos disparos o homem não representava ameaça. “Dois policiais dispararam sem haver qualquer motivo que justificasse tais ações naquele instante”.
Ele ainda afirmou que o episódio não deve ser atribuído à falta de treinamento. “Os casos recentes apresentam semelhanças: os policiais que cometeram as falhas estavam conscientes de seus atos, portanto, não se pode alegar falta de treinamento. Algumas atitudes são intencionais”, explicou.
Sobre o segundo confronto no protesto, o coronel ressaltou que não houve abuso por parte da corporação.

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