Israel realiza ataques em Gaza e 30 pessoas morrem, diz Defesa Civil

A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou nesta sexta-feira (11) que ao menos 30 indivíduos perderam a vida durante diferentes operações militares realizadas por Israel na Faixa de Gaza, região que enfrenta uma guerra há mais de 21 meses.

De acordo com Mohamad al Mughayir, responsável pela organização, 10 pessoas foram atingidas por tiros do Exército israelense enquanto aguardavam ajuda humanitária nas proximidades de Rafah, no sul de Gaza. Informações anteriores indicavam 16 vítimas fatais.

A ONU reportou que quase 800 pessoas morreram desde o final de maio em tentativas de receber ajuda humanitária em território palestino, especialmente nas regiões próximas aos pontos de entrega da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), que conta com o apoio dos Estados Unidos e de Israel.

Uma testemunha relatou ter visto veículos blindados israelenses na região de Al Maslaj. Segundo essa pessoa, que preferiu não se identificar, a situação é extremamente crítica, com disparos intensos, bombardeios aéreos intermitentes, ataques de artilharia, além da destruição de campos de deslocados e áreas agrícolas ao sul, oeste e norte de Al Maslaj, conforme relatado à AFP.

O Exército de Israel declarou ter desmantelado recentemente uma célula terrorista em Khan Yunis, confiscando armamentos e equipamentos militares, além de destruir um túnel de cerca de um quilômetro de extensão. Também informou ter matado Fadl Abu al Ata, líder da Jihad Islâmica em Chujaiya, na parte leste da Cidade de Gaza, além de outro combatente do mesmo grupo palestino.

As forças militares israelenses afirmam que Fadl Abu al Ata foi responsável pela coordenação de vários ataques contra as tropas de Israel e teve participação no ataque ocorrido em 7 de outubro de 2023, que deu início ao conflito.

Devido às restrições impostas por Israel à presença da imprensa em Gaza e à dificuldade de acesso à região, a AFP não conseguiu confirmar de forma independente o número de vítimas ou as declarações das partes envolvidas no conflito.