Mundo
Colômbia prende capo mafioso entre Itália e América Latina

A polícia colombiana deteve nesta sexta-feira (11) Giuseppe Palermo, um italiano identificado como o intermediário da máfia internacional de tráfico de drogas na América Latina. A prisão ocorreu em uma ação conjunta da Europol e da polícia britânica, culminando na captura de 21 suspeitos, principalmente no sul da Itália.
Conhecido como “Peppe”, Palermo foi capturado em Bogotá e estava na lista vermelha da Interpol. Ele é uma figura central na ‘Ndrangheta, uma das mais poderosas organizações criminosas italianas, e mantinha ligação com o Clã do Golfo, o maior cartel produtor de cocaína na Colômbia.
Autoridades italianas afirmam que Palermo liderava a aquisição de grandes remessas de cocaína oriundas da Colômbia, Equador e Peru, além de coordenar as rotas terrestres e marítimas usadas para transportar a droga até a Europa. A informação foi confirmada pelo general Carlos Triana, chefe da polícia colombiana, em uma postagem na rede social X.
O criminoso foi surpreendido por uma equipe especializada ao sair de uma loja de conveniência na capital colombiana. Um vídeo divulgado mostra a abordagem realizada por agentes fortemente armados e com o rosto protegido.
Ligado ao clã Platì, Palermo é considerado pelo general Triana como “o principal líder da máfia italiana na América Latina”. O clã é um dos grupos mais fechados da ‘Ndrangheta, originário da Calábria, conhecido por suas conexões com cartéis albaneses e sul-americanos.
Em março, a polícia colombiana já havia capturado outro membro da ‘Ndrangheta: Emanuele Gregorini, preso em Cartagena, que também era acusado de coordenar o envio de drogas pelos principais portos do Caribe colombiano.
O Clã do Golfo, com cerca de 7.500 integrantes, é atualmente a maior organização criminosa da Colômbia — país líder mundial na produção de cocaína. Desde o final de 2022, o grupo paramilitar está em negociações com o governo do presidente Gustavo Petro para um possível acordo de paz, mas sem progressos concretos.
A Colômbia enfrenta sua pior crise de segurança em dez anos, marcada por um conflito interno que dura mais de cinquenta anos envolvendo guerrilhas, traficantes e forças do Estado. A violência dos grupos armados aumentou nos últimos anos, tornando a luta contra o tráfico ainda mais desafiadora.

Você precisa estar logado para postar um comentário Login