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Vídeo mostra policial momentos antes de ser atingido por PM da Rota

Rafael Moura da Silva, policial civil, foi ferido por um sargento da Rota na tarde da última sexta-feira (11/7) no Campo Limpo, região sul de São Paulo. Um vídeo capturado por um colega exibe Rafael caminhando perto da viela onde foi atingido. Ele veste camiseta e boné pretos e calça cinza. O relógio na gravação marca 17h48, horário aproximado dos tiros conforme registrado no boletim de ocorrência.
Rafael Moura da Silva, integrante da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 3ª Seccional da Polícia Civil, permanece internado em estado gravíssimo no Hospital das Clínicas, ferido por três tiros, sendo um no braço e dois no abdômen.
O disparo foi efetuado pelo sargento da Rota, Marcus Augusto Costa Mendes. As autoridades iniciaram um inquérito para averiguar se o policial militar excedeu os limites da legítima defesa.
Inicialmente, o caso está sendo tratado como uma situação em que o atirador, acreditando estar sob ameaça injusta, agiu em legítima defesa de forma equivocada. Todavia, ainda não há confirmação se houve abuso no uso da força.
O delegado responsável destacou a necessidade de investigação aprofundada para esclarecer o contexto dos fatos e o comportamento dos envolvidos.
Marcus Augusto Costa Mendes afirmou ter confundido os policiais civis com criminosos, enquanto testemunhas relatam que ele começou a atirar imediatamente.
Detalhes do incidente
- Os policiais civis realizavam diligências no Capão Redondo em um veículo descaracterizado.
- PMs da Rota, acreditando se tratar de traficantes, realizaram a abordagem com disparos.
- Os agentes tentaram informar que eram policiais civis, porém foram alvejados.
- Rafael Moura foi atingido com três tiros e levado ao hospital.
- Outro policial sofreu um ferimento leve de raspão.
Raquel Gallinati, diretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, denunciou que o episódio evidencia falhas graves no sistema policial, incluindo deficiências no protocolo operacional e na liderança da Polícia Militar.
Segundo Raquel, o incidente é um reflexo de problemas estruturais crônicos que persistem devido à falta de integração entre as forças e à desvalorização dos profissionais.
Ela enfatizou a necessidade de rigorosa investigação e punição para o policial envolvido, bem como a responsabilização dos comandos policiais pela gestão falha que contribui para tais eventos.
Politizar tragédias envolvendo policiais é um desrespeito às famílias enlutadas e uma afronta à honra daqueles que arriscam suas vidas diariamente para proteger a sociedade.

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