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Ataques a ônibus aumentam em São Paulo no domingo

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A cidade de São Paulo enfrentou 47 ataques a ônibus no último domingo (13/7) em diversas áreas da capital. Este foi o segundo dia com maior número de incidentes durante uma série de ações de vandalismo que vêm afetando a Grande São Paulo e o litoral do estado desde a última segunda-feira (7/7), quando 59 ônibus foram danificados.

Dados fornecidos pela SPTrans e pela Secretaria Municipal de Mobilidade e Transporte (SMT) indicam que, desde 12 de junho, 421 veículos do transporte público municipal foram atacados.

Considerando a capital, região metropolitana e a Baixada Santista, pelo menos 626 ônibus foram alvo de vandalismo, conforme levantamento recente da SPTrans e da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).

Ambas as instituições expressaram repúdio aos ataques e declararam que estão colaborando com as investigações fornecendo todas as informações necessárias.

Prisões Relacionadas

Desde o início dos ataques, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que cinco homens foram presos e um adolescente apreendido.

Em 4 de julho, um adolescente envolvido em um ataque em Cotia, região metropolitana, foi apreendido e encaminhado à delegacia, sendo liberado posteriormente aos responsáveis.

Em 5 de julho, dois homens foram detidos em flagrante ao vandalizarem coletivos em Pirituba e Santo Amaro, nas zonas norte e sul da capital. Um outro homem foi preso em 6 de julho por lançar uma pedra contra um ônibus na Avenida Washington Luís, ferindo uma passageira.

Na última quinta-feira (10/7), um homem foi preso em Guaianases, zona leste de São Paulo, depois de atirar pedras contra um coletivo.

Nenhuma informação adicional foi divulgada sobre o quinto homem detido.

Relatório da Polícia

A Polícia Civil publicou um relatório que traz um panorama dos ataques a ônibus na região metropolitana de São Paulo, analisando dados entre 21 de maio e 5 de julho.

Foram examinados 191 boletins de ocorrência registrados por companhias de ônibus. Este número é inferior aos 579 ônibus atacados reportados pela SPTrans e Artesp na região metropolitana, litoral e capital.

A zona sul é a área com maior número de ataques (85), seguida pela zona oeste (65), zona leste (19) e centro (16). A zona norte teve o menor número, com 6 casos.

As ruas mais afetadas incluem: Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, Avenida Interlagos, Avenida Vereador João de Luca e Avenida Cupecê na zona sul; Avenida Brigadeiro Faria Lima, Avenida Corifeu de Azevedo Marques e Rodovia Raposo Tavares na zona oeste; e Avenida Sapopemba e Avenida Senador Teotônio Vilela na zona leste.

Quase 70% dos ataques ocorreram entre quintas-feiras e sábados. A empresa Mobibrasil lidera em número de ônibus atacados, com cerca de 40 veículos atingidos.

Hipóteses Para os Ataques

A polícia investiga várias possíveis causas para essa onda de vandalismo, incluindo a participação de empresas de ônibus, sindicatos e desafios na internet.

Ronaldo Sayeg, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), comentou que, até o momento, uma ação coordenada pelo crime organizado foi descartada por ausência de motivos típicos desses grupos.

O monitoramento das plataformas digitais está em andamento, porém ainda não foram encontradas evidências concretas que liguem os ataques a desafios realizados online.

O vice-governador Felício Ramuth também mencionou a hipótese dos desafios na internet como objeto de investigação, especialmente em relação aos incidentes no litoral paulista.

Operação Impacto

A Secretaria da Segurança Pública afirmou que as forças policiais continuam empenhadas em prevenir e investigar os ataques na capital e região metropolitana.

A Polícia Militar lançou a Operação Impacto – Proteção a Coletivos, envolvendo cerca de 7,8 mil policiais e 3,6 mil viaturas em todo o estado, com o objetivo de proteger passageiros e profissionais do transporte público.

Simultaneamente, a Polícia Civil atua na identificação dos responsáveis pelos crimes, mantendo vigilância nas plataformas digitais, onde há suspeitas de organização das ações.

O apoio da Divisão de Crimes Cibernéticos (Dcciber) é fundamental nas apurações das investigações em curso.

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