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Nunes pode disputar governo de SP se for pedido por Tarcísio

Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo pelo MDB, revelou nesta segunda-feira, 4, que aceitaria disputar o governo de São Paulo em 2026 caso fosse solicitado por Tarcísio de Freitas, do Republicanos, que atualmente ocupa o cargo.
Essa fala difere do compromisso assumido por Nunes nas eleições municipais de 2024, quando prometeu cumprir integralmente seu mandato de quatro anos. A declaração acontece em meio a movimentações do aliado político em direção à corrida presidencial de 2026.
“Meu objetivo é cumprir os quatro anos de mandato. Acredito que ele não fará isso, mas o que o Tarcísio me pedir, não posso recusar,” afirmou o prefeito em entrevista à Globonews. Nunes ressaltou a boa sintonia que mantém com o governador e destacou avanços em ações como o combate à Cracolândia, que resultou na transferência dos usuários para outras regiões da capital.
Não é a primeira vez que Nunes se coloca como opção para ser o candidato de Tarcísio caso este decida concorrer à Presidência em 2026 — cenário que ainda depende da candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta impedimentos legais e processos judiciais.
Em março, Nunes já havia levantado a possibilidade de concorrer a novo mandato, argumentando que mandato não é um compromisso rígido e que suas decisões dependeriam da conjuntura política, especialmente visando derrotar a esquerda em todas as esferas de governo.
Esse posicionamento também despertou a atenção de outros políticos que pretendem se destacar no cenário estadual, como Gilberto Kassab (PSD), secretário de governo e com ampla influência política no estado, e André do Prado (PL), ex-presidente da Assembleia Legislativa paulista, que apoiaram projetos do governo atual.
Outros nomes cogitados são o vice-governador Felício Ramuth (PSD) e o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), que deve concorrer ao Senado, mas conta com apoio para disputar o governo caso Tarcísio opte pela Presidência.
Nunes assumiu a prefeitura em 2021, após a morte de Bruno Covas, e venceu a eleição em 2022 apoiado por Tarcísio, derrotando seus principais adversários políticos.
Ressalte-se que a decisão de abandonar o mandato antes de completar o período é uma estratégia recorrente na política paulista, como evidenciado pelos casos dos ex-prefeitos José Serra e João Doria.
O MDB integra a base do governo federal e detém ministérios importantes, além de buscar vaga na chapa de reeleição do presidente Lula. Ainda assim, algumas lideranças do partido mantêm proximidade com o governador Tarcísio e defendem fortalecer a oposição no estado.

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