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PM da Rota que atirou em policiais civis no Capão Redondo permanece nas ruas

O sargento Marcus Augusto Costa Mendes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), responsável por disparar contra dois policiais civis no Capão Redondo, região sul de São Paulo, na última sexta-feira (11/7), continua atuando nas ruas. A informação foi confirmada ao Metrópoles por fontes ligadas à polícia.
O policial militar alegou ter confundido os investigadores, que portavam identificação da Polícia Civil, com criminosos armados, justificando assim os disparos. Um dos agentes foi atingido de raspão, enquanto o outro, Rafael Moura, foi ferido com um tiro no braço e dois no abdômen. Ele permanece internado no Hospital das Clínicas em estado grave.
A Polícia Civil abriu um inquérito para verificar se a ação do sargento foi desproporcional, sem mencionar a possibilidade de seu afastamento. Segundo o delegado Antonio Giovanni Neto, o caso é inicialmente tratado como legítima defesa putativa, situação em que alguém age acreditando estar sob ameaça injusta, mas que requer investigação mais detalhada para esclarecer os fatos.
As imagens capturadas pela câmera corporal do sargento no momento dos disparos foram fornecidas pela Polícia Militar, revelando que o agente reagiu ao se deparar com um homem armado em uma viela, efetuando quatro tiros antes de recuar. A gravação não foi divulgada publicamente.
O caso está sob investigação do 37º Distrito Policial do Campo Limpo. A Secretaria da Segurança Pública ainda não se manifestou sobre a permanência do sargento Marcus Augusto Costa Mendes em serviço ativo.
Contexto e Repercussão
Um policial que conhece bem a área indica que a ação foi desnecessária, pois não é comum encontrar criminosos armados naquela região. Segundo ele, o sargento estaria tentando justificar sua presença na Rota, corporação da qual ingressou recentemente.
Este incidente não foi a primeira vez que o sargento esteve envolvido em ocorrências graves na região, incluindo um caso anterior que resultou em homicídio, onde a vítima foi um homem não identificado e supostamente armado.
Detalhes da Operação
- Agentes da Polícia Civil realizavam diligências identificados e em viatura oficial.
- Ao se aproximar da equipe, policiais da Rota confundiram os agentes com criminosos e abriram fogo.
- Ao tentarem se identificar, os agentes foram baleados.
- Rafael Moura foi atingido por três tiros e passou por cirurgia no Hospital das Clínicas, onde está estável, porém com bala alojada na vértebra e com traqueostomia.
- O outro policial atingido recebeu atendimento no Hospital Campo Limpo e já teve alta.
Apelo por Doação de Sangue
Rafael Moura continua a necessitar de múltiplas cirurgias para recuperação, incluindo cuidados no trato respiratório e reparos no intestino, pâncreas e veia cava. Para isso, ele depende de várias bolsas de sangue, motivo pelo qual seus colegas estão convocando doações voluntárias.
Um policial, preferindo manter o anonimato, afirmou que a Polícia Civil está mobilizada para doar sangue, e enfatizou a necessidade de a Polícia Militar também colaborar para atender a demanda de pacientes feridos.

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