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Pai denunciado por abuso da filha é testemunha de defesa de PMs presos por estupro

Um homem de 42 anos, acusado de abusar sexualmente da própria filha conforme depoimento dela à Polícia Civil, foi chamado como testemunha na defesa de dois policiais militares, suspeitos de terem estuprado a mesma jovem dentro de uma viatura. Os policiais, que estavam em serviço na Grande São Paulo, foram detidos após a jovem, de 20 anos, os acusar do crime ocorrido durante o Carnaval.
Na primeira audiência do caso, realizada pelo Tribunal de Justiça Militar, o homem, pai da vítima, confirmou que está sob investigação por abuso sexual da filha, o que gerou surpresa entre os familiares da jovem. Ele foi arrolado como testemunha de defesa dos PMs Leo Felipe Aquino da Silva e James Santana Gomes, ambos do 24º Batalhão, apesar de não conhecerem os acusados nem terem presenciado o suposto crime.
Em setembro do ano anterior, a jovem registrou boletim de ocorrência contra o pai, relatando um convívio difícil e episódios de agressão e abuso sexual, que teriam provocado graves problemas de saúde mental e internação para tratamento psiquiátrico. Após deixar a casa do pai devido às investidas abusivas, ela passou a morar com a mãe e fez as denúncias formais.
Quanto aos policiais militares, eles foram presos em flagrante pela Corregedoria, um dia após o suposto estupro na viatura. Durante a audiência, que aconteceu de forma virtual, foi confirmado que os militares permanecem detidos no Presídio Militar Romão Gomes, sem previsão de soltura.
A jovem gravou e enviou diversos áudios relatando o ocorrido para familiares, e em um deles confronta os policiais sobre o consumo de bebida alcoólica durante o tempo em que estiveram com ela. Após o suposto crime, ela foi abandonada ferida e descalça em uma rodovia e, posteriormente, chegou abalada à delegacia, onde recebeu atendimento médico e relatou os abusos.
A defesa dos policiais negou as acusações, e não houve manifestação da defesa do pai da vítima até a publicação desta reportagem.

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