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PGR responsabiliza Bolsonaro pela crise do 8 de janeiro

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, vinculou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, requerendo sua condenação por cinco crimes, incluindo golpe de Estado. Segundo Gonet, mesmo não estando presente naquele dia, Bolsonaro foi o “principal responsável pela contínua radicalização e pela criação do ambiente que permitiu a explosão de violência”.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu, em alegações finais encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), a condenação de Bolsonaro e de outros sete réus integrantes do chamado “núcleo central” da suposta organização criminosa.

Durante seu depoimento no STF no mês passado, Bolsonaro negou responsabilidade pelos eventos de 8 de janeiro, chegando a se referir a alguns de seus apoiadores como “malucos”. Contudo, o procurador argumenta que essa postura “distorce os fatos, que foram dirigidos por suas ações, palavras e omissões ao longo da transição política”.

Gonet explica que os atos golpistas “não ocorreram aleatoriamente, mas foram o resultado de um longo processo de radicalização, incitação e planejamento”.

Ele destaca que as “posições ambíguas” de Bolsonaro e a sua “falta de ações concretas para conter a escalada provocada por ele mesmo indicam claramente sua contribuição para a violência”.

As iniciativas do ex-presidente que levaram aos eventos de 8 de janeiro teriam começado em 2021, quando ele começou a fomentar a “desconfiança nas instituições, questionando a legitimidade do sistema eleitoral e promovendo um clima de tensão política”.

“As evidências são contundentes: o réu agiu de maneira sistemática durante seu mandato e após a derrota eleitoral para instigar revolta e desestabilizar o Estado Democrático de Direito. As atitudes de Jair Messias Bolsonaro não foram passivas frente à derrota; configuraram uma articulação consciente para criar um ambiente favorável à violência e ao golpe”, concluiu o procurador-geral.

O ex-presidente justifica que não pode ser responsabilizado pelos acontecimentos de 8 de janeiro porque estava nos Estados Unidos na ocasião, tendo viajado para lá nos últimos dias de seu mandato presidencial.

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