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Pedido da PGR para condenar Bolsonaro por tentativa de golpe repercute no mundo

A imprensa internacional destacou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus ex-ministros e militares por uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Na segunda-feira, dia 14, o procurador-geral Paulo Gonet encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) as alegações finais do processo, atraindo a atenção de vários veículos estrangeiros.
A PGR acusa Bolsonaro de executar um plano gradual e organizado para atacar as instituições democráticas, buscando impedir a transferência legal de poder após as eleições de 2022. Em um documento detalhado com 517 páginas, são reiteradas as acusações e solicitado que o ex-presidente seja condenado por diversos crimes, cujas penas somadas podem chegar a 43 anos de prisão.
O jornal espanhol El País destacou o tema com a manchete: “O Ministério Público do Brasil pede a condenação de Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado contra Lula”.
Nos Estados Unidos, o The Washington Post publicou reportagem e podcast abordando o posicionamento político de Bolsonaro, comparando sua reação ao processo a uma ‘caça às bruxas’, semelhante ao que ocorreu com o ex-presidente Donald Trump.
O jornal argentino Clarín informou que a Procuradoria considera Bolsonaro como líder da trama golpista e relaciona ele e outros sete acusados aos graves eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, com o ataque aos Três Poderes em Brasília.
Além disso, o blog espanhol do HuffPost salientou que a acusação se baseia em diversas provas, como manuscritos, arquivos digitais, mensagens trocadas e planilhas, que evidenciam uma conspiração contra as instituições democráticas.
Detalhes do parecer da PGR
As alegações finais foram apresentadas à Primeira Turma do STF. Paulo Gonet afirma que Bolsonaro e seu vice na eleição de 2022, o general Braga Netto, lideravam uma organização criminosa fundamentada em um projeto autoritário, com considerável participação de setores militares.
O documento pede a responsabilização judicial de todos os membros que fazem parte do que é denominado como o ‘núcleo central do golpe’. A acusação sustenta que o grupo supostamente liderado por Bolsonaro aceitou, incentivou e executou ações que atentaram contra o estado democrático de direito.

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