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Estudante trans cria dossiê contra namorado suspeito de assassinato

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A Polícia Civil de São Paulo investigou que a estudante trans Carmen de Oliveira Alves, de 26 anos, que estava desaparecida há mais de um mês, organizou um dossiê contra seu namorado Marcos Yuri Amorim, quem é suspeito de tê-la assassinado com colaboração do policial militar ambiental Roberto Carlos Oliveira, que mantinha um relacionamento amoroso com ele.

Carmen reuniu o dossiê após perceber atos ilícitos cometidos por Marcos Yuri em Ilha Solteira, no interior do estado de São Paulo. Ela teria utilizado o documento para pressionar o namorado a assumir o relacionamento.

Segundo o delegado responsável pela investigação, o jovem Marcos Yuri Amorim relutava em assumir o namoro, o que pode ter sido o motivo do crime.

Relação amorosa entre os suspeitos

Marcos Yuri, que estudava na mesma universidade que Carmen, mantinha um relacionamento também com o policial militar ambiental Roberto Carlos Oliveira. Ambos foram detidos suspeitos pelo assassinato da estudante. A polícia suspeita que trabalharam juntos para cometer o crime e esconder o corpo.

Buscas pelo corpo e investigação

A polícia confirmou que Carmen nunca deixou a cidade de Ilha Solteira. O último local onde seu celular foi rastreado foi na casa do Marcos Yuri, localizada em um assentamento chamado Estrela da Ilha. A polícia realizou buscas no local e continua procurando pelo corpo da estudante, utilizando equipes especializadas como a Guarda Municipal, Canil da Polícia Militar e drones para varreduras aéreas.

A polícia suspeita que o corpo possa ter sido lançado em um rio da região e acionou a Marinha do Brasil para auxiliá-los, com possibilidade de mergulhadores atuarem nos próximos passos da investigação.

Posição da família e da universidade

A família expressou profunda dor e angústia pelo desaparecimento e o desenvolvimento das investigações, descrevendo Carmen como uma pessoa querida, alegre e dedicada. Eles alertaram para a lentidão da Justiça, especialmente em casos envolvendo pessoas trans e negras, destacando a fragilidade das proteções legais para a comunidade LGBTQIAP+ no Brasil.

A Universidade Estadual Paulista (Unesp), onde Carmen estudava no curso de zootecnia, manifestou solidariedade à família e repúdio a toda violência, ressaltando o compromisso com a defesa da diversidade, vida e dignidade humana. Até o momento, a instituição não se pronunciou sobre uma possível exclusão de Marcos Yuri Amorim, que também está matriculado na universidade.

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