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Itamaraty critica EUA por comentários sobre Lula e Moraes

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou uma nota oficial nesta terça-feira, expressando forte descontentamento com recentes declarações de autoridades dos Estados Unidos. O órgão qualificou os comentários do Departamento de Estado dos EUA e da embaixada americana em Brasília como uma “intromissão inapropriada” nas questões do Judiciário brasileiro.
A controvérsia surgiu após uma publicação no Twitter feita por Darren Beattie, subsecretário para Diplomacia Pública dos EUA, que foi compartilhada pela embaixada norte-americana no Brasil. No texto, Beattie afirmou que os Estados Unidos aplicaram “consequências” contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Em resposta, o Itamaraty repudiou veementemente a atitude americana, ressaltando que a questão foi politizada de maneira errada por parte dos Estados Unidos. A nota destaca que o Brasil é uma democracia soberana e que sua soberania nunca será tema de negociações externas.
O comunicado também enfatiza que o Brasil mantém disposição para diálogo comercial com os EUA, em benefício dos respectivos mercados e populações, mas que declarações como a de Beattie não refletem os 200 anos de amizade e respeito mútuo entre os dois países.
Essa troca de farpas diplomáticas coincide com a sanção da Lei da Reciprocidade pelo governo brasileiro, que permite a adoção de medidas equivalentes em resposta a barreiras comerciais impostas por outras nações. A lei foi declarada após o anúncio do ex-presidente americano Donald Trump de taxar até 50% produtos brasileiros, como suco de laranja, aço e celulose.
Na última semana, Trump enviou uma carta a Lula, acusando o governo brasileiro de ações que atentam contra a democracia estadunidense. O presidente Lula respondeu considerando tais ameaças como desrespeitosas e afirmou que diplomacia não deve ser feita por meio de vídeos ou postagens online. Ele também garantiu que o país reagirá firmemente a quaisquer tentativas de intimidação ou violação da soberania nacional.
Enquanto isso, o governo brasileiro segue priorizando o diálogo e criou um comitê interministerial que realiza reuniões com representantes do setor privado para buscar soluções.

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