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MPSP investiga invasão ao banco Itaú durante protesto por aumento de impostos a ricos

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) iniciou, nesta terça-feira (15/7), uma investigação criminal sobre a ação de manifestantes que invadiram a sede do banco Itaú na Avenida Faria Lima, zona oeste de São Paulo, no começo do mês.
De acordo com o MPSP, a apuração está centrada na possível infração criminal de invasão a estabelecimento comercial para atrapalhar ou impedir o trabalho, conforme previsto no artigo 202 do Código Penal, além do esforço para identificar quem financiou a ação.
O promotor criminal Cassio Roberto Conserino determinou a coleta de imagens de câmeras de segurança, depoimento de um representante do Itaú e dados da instituição financeira. Segundo ele, tais atos se aproximam da ilegalidade e da inconstitucionalidade.
O evento
Em 3 de julho, integrantes da Frente Nacional de Mobilização Povo Sem Medo invadiram com faixas e cartazes as dependências do Itaú na Avenida Faria Lima, em São Paulo, pedindo justiça tributária e aumento dos impostos sobre os milionários no Imposto de Renda.
O grupo critica os proprietários do Itaú, que adquiriram o edifício sede por R$ 1,5 bilhão, por “pagarem menos imposto que a grande maioria da população que luta para pagar aluguel e alimentação”. Durante o protesto, as mensagens exibidas em cartazes foram: “O povo não vai pagar a conta”, “Chega de benefícios” e “Tributação dos super ricos já!”.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram a invasão do prédio por centenas de pessoas.
Ao ser procurado pelo Metrópoles, o Itaú optou por não comentar o episódio. O local permanece disponível para manifestações futuras.
Tensão social
Esse protesto reflete o clima de tensão que tem marcado as relações entre o presidente Lula e o Congresso Nacional nas últimas semanas. Defensores do governo têm disseminado nas redes sociais um discurso polarizado entre ricos e pobres, onde os ricos são vistos como detentores do poder no setor empresarial e financeiro.
O Palácio do Planalto tem promovido a ideia da “taxação ABC”, referindo-se a bilionários, apostadores e bancos, um grupo que exerce forte influência através de lobby junto ao centrão e à direita no Legislativo.

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