Conflito entre governo e Congresso atrapalha o Brasil, mostra pesquisa

A maioria dos brasileiros acredita que as disputas entre o governo e o Congresso não ajudam o Brasil, mas sim atrapalham. É o que indica uma pesquisa feita pela Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (16).

Enquanto 79% dos entrevistados enxergam o conflito entre os poderes como algo prejudicial, apenas 12% acham que essas discussões trazem benefícios, e 9% preferiram não opinar.

Entre os apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), somente 22% consideram que os desentendimentos com o Legislativo são úteis, enquanto 71% dizem que atrapalham, e 7% não quiseram responder. Os dados são semelhantes entre os seguidores de Jair Bolsonaro (PL): 11% afirmam que as brigas ajudam, 80% têm opinião negativa sobre elas e 9% não opinaram.

Segundo a pesquisa, 51% dos brasileiros sabem dos conflitos entre o governo Lula e o Congresso, já 48% disseram que desconhecem a situação, e 1% não respondeu.

Os apoiadores de Bolsonaro são os que mais conhecem o tema: 58% afirmaram ter conhecimento, enquanto entre os petistas, 55% não sabem sobre as disputas, e 44% conhecem.

População desconhece crise do IOF

O encontro para tentar um acordo sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que terminou sem consenso após reunião promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi mais um episódio das discussões entre o governo e o Congresso.

No entanto, a maioria das pessoas não tinha conhecimento de que o governo foi ao Supremo para manter o decreto que elevava o imposto. Na pesquisa, 53% disseram não saber do assunto, 43% disseram conhecer e 1% preferiu não responder.

Entre quem conhece o caso, 59% acham que Lula deve aceitar um acordo, 25% dizem que o governo deve continuar com a disputa, e 16% não opinou.

Essa opinião é a mesma entre seguidores de ambos os lados políticos. Em cada grupo, 57% defendem um acordo, e os petistas são 33% a favor da continuidade da disputa, enquanto 26% dos bolsonaristas pensam o mesmo.

A pesquisa da Genial/Quaest ouviu 2004 pessoas entre 10 e 14 de julho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.