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Ex-ministro do GSI diz ao STF que foi avisado sobre 8 de janeiro só por WhatsApp
Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), conhecido como GDias, declarou na quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) que os alertas sobre os atos do dia 8 de janeiro chegaram a ele somente por mensagens enviadas via WhatsApp pelo então diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura Cunha.
Ele mencionou que recebeu alguns informes da Abin, que foram encaminhados à Secretaria de Segurança do GSI, destacando que o plano Escudo do Planalto estava em vigor. Contudo, GDias não conseguiu detalhar as informações, afirmando: “Faz mais de dois anos, não lembro os detalhes, mas existe documentação que pode ser consultada”.
Ouvido como testemunha em defesa em uma das ações penais relacionadas à trama, GDias foi indicado pelo general da reserva Mario Fernandes e pelo ex-assessor presidencial Filipe Martins.
Segundo ele, essas mensagens não podem ser consideradas informações oficiais, pois transformar um informe em dado oficial requer análise aprofundada.
Gonçalves Dias esteve à frente do GSI nos primeiros meses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas saiu do cargo em abril de 2023, após a divulgação de vídeos que o mostram dentro do Palácio do Planalto durante os eventos do dia 8 de janeiro.
Na audiência, o ministro Alexandre de Moraes questionou repetidamente o advogado de Martins, Jeffrey Chiquini, chegando a interromper seu microfone.
Também ouvido como testemunha de defesa do ex-assessor presidencial Marcelo Câmara, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) confirmou ter intermediado uma reunião entre o ministro Alexandre de Moraes e o então presidente Jair Bolsonaro, no final de 2022. No entanto, disse não lembrar se Marcelo Câmara participou da organização do encontro.
“Não me recordo da participação do Câmara, mas eu mesmo promovi o encontro na minha casa. Eu tratei diretamente com o presidente e com o ministro Alexandre,” relatou o senador.
A defesa de Filipe Martins desistiu de algumas testemunhas que havia indicado, como o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Além disso, outras audiências que estavam marcadas para quarta-feira foram adiadas, incluindo a do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ).

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