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Eduardo Bolsonaro retoma diálogo com Tarcísio e destaca boas intenções
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) desistiu das críticas feitas a Tarcísio de Freitas (Republicanos), após o governador de São Paulo tentar liderar as discussões sobre as tarifas de até 50% aplicadas aos produtos brasileiros, anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em uma publicação, Eduardo Bolsonaro mencionou que uma “longa conversa” com o dirigente estadual o fez acreditar que ambos agem com as melhores intenções em prol dos brasileiros.
“Diferenças nas visões de mundo são normais e saudáveis, assim como essa comunicação direta. Vamos continuar a debater o que realmente importa”, afirmou Eduardo.
Ele também destacou que o diálogo foi mediado pelo jornalista Paulo Figueiredo, que acompanha o deputado nos Estados Unidos, onde atuam na questão das sanções de Trump, principalmente direcionadas ao ministro Alexandre de Moraes do STF.
O conflito entre os aliados se intensificou recentemente, quando Eduardo criticou Tarcísio por participar das negociações com empresários sobre as tarifas impostas pelos EUA.
Nas redes sociais, Eduardo acusou o governador de agir com “subserviência às elites” ao aceitar o diálogo, e disse que ele deveria priorizar o que chamou de “fim do regime de exceção”, em referência a condenações relacionadas ao episódio do dia 8 de janeiro.
Inicialmente, Tarcísio adotou um tom crítico ao governo federal, responsabilizando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo endurecimento da política comercial americana. Ele afirmou que a “insegurança jurídica” e a “agenda ideológica” do Planalto afastavam investidores e prejudicavam a imagem do país no exterior. Com a crise evoluindo, o governador mudou de postura, passou a defender o diálogo e organizou, em paralelo ao governo federal, reuniões com empresários em São Paulo.
Essa troca de posicionamentos expôs divergências entre os aliados. Apesar de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmar que será candidato nas próximas eleições, mesmo após sua inelegibilidade por abuso de poder político, tanto Eduardo quanto Tarcísio são considerados potenciais candidatos à Presidência.
Tarcísio é visto como candidato tanto pela direita quanto pelo centro, mas diz que só entraria na disputa com o apoio do ex-presidente. Embora haja pressão, Jair Bolsonaro afirmou diversas vezes que ainda não deu seu aval ao seu aliado.
Entre os planos do ex-presidente está manter sua candidatura e, se necessário, indicar seu filho como candidato à vice-presidência, caso não reverte a inelegibilidade. Também são cogitadas outras possibilidades, como lançar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como candidata, ou apoiar outro nome da direita mediante compromisso de conceder um indulto presidencial a Bolsonaro, que enfrenta julgamento no Supremo Tribunal Federal por acusações graves, incluindo tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada.

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