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PM se manifesta sobre morte de policial civil baleado pela Rota

O comando das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) expressou profundo pesar pela morte do policial civil Rafael Moura da Silva, de 38 anos, atingido por tiros disparados pelo sargento Marcus Augusto Costa Mendes no Capão Redondo, região sul de São Paulo. Rafael Moura da Silva não resistiu aos ferimentos e faleceu na quarta-feira (16/7).
“Neste momento difícil, a Polícia Militar se solidariza com a família, amigos e colegas de farda do policial civil Rafael Moura da Silva, transmitindo força e conforto a todos que sofrem com essa perda irreparável”, manifestou a corporação.
A nota informa que 57 policiais da Rota doaram sangue em apoio ao colega ferido nos dias 14 e 15 de julho, mostrando sua sensibilidade diante da gravidade do ocorrido. O episódio está sendo devidamente apurado por meio de Inquérito Policial Militar, conforme comunicado oficial.
O incidente aconteceu durante diligências realizadas por agentes da Polícia Civil no Capão Redondo na última sexta-feira (11/7). Apesar de estarem identificados com viatura e distintivo, os policiais da Rota confundiram os agentes com traficantes em uma viela e dispararam contra eles.
Os agentes tentaram alertar que eram policiais, mas foram baleados mesmo assim. Rafael Moura foi atingido por três tiros — um no braço e dois no abdômen — e levado ao Hospital das Clínicas, onde passou por cirurgia. Outro policial civil foi ferido de raspão, recebeu atendimento hospitalar e teve alta.
A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a ação do sargento e avaliar se houve exagero no uso da força, sem mencionar a possibilidade de afastamento do agente. Segundo o delegado Antonio Givanni Neto, o caso está sendo inicialmente tratado como legítima defesa putativa, quando alguém acredita equivocadamente estar sob agressão injusta e age em defesa própria. Ainda, não é possível dizer se houve excesso.
O delegado ressalta que a investigação será aprofundada para esclarecer a dinâmica dos fatos e determinar a responsabilidade envolvida. As imagens da câmera corporal do sargento no momento do disparo foram fornecidas pela Polícia Militar para auxiliar nas apurações. Elas mostram o militar correndo pela rua, entrando na viela, visualizando um homem armado e disparando quatro tiros antes de recuar. Essas imagens não foram divulgadas ao público.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso está sendo investigado pelo 37º Distrito Policial, no Campo Limpo. Os responsáveis pelos inquéritos analisaram as imagens registradas pelas câmeras operacionais portáteis (COPs) e confirmaram que são compatíveis com a versão apresentada pelos envolvidos, incluindo o policial militar.

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