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Trump quer que transcrições do caso Epstein sejam divulgadas

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O governo do presidente Donald Trump anunciou que pedirá a liberação das transcrições do julgamento relacionado a Jeffrey Epstein nesta sexta-feira (18). Essa decisão surge após Trump ameaçar processar o jornal The Wall Street Journal por divulgar que ele teria enviado uma carta ao condenado por crimes sexuais.

A procuradora-geral Pam Bondi informou que o Departamento de Justiça encaminhará ao tribunal o pedido para a remoção do sigilo dessas transcrições, que fazem parte do inquérito do grande júri. Isso ocorre em meio à crescente atenção pública sobre a ligação entre Trump e Epstein.

O jornal The Wall Street Journal publicou um artigo revelando uma carta supostamente enviada por Trump a Epstein em 2003, que inclui um desenho de uma mulher nua. Este documento teria sido parte de uma coleção comemorativa pelo aniversário de 50 anos do falecido financista, encontrado morto em 2019 enquanto aguardava julgamento por acusações graves de tráfico sexual.

O governo enfrenta críticas dentro de sua base conservadora, pois há quem o acuse de encobrir informações comprometedoras relacionadas aos crimes de Epstein para proteger indivíduos poderosos e influentes.

Emma Tucker, editora do The Wall Street Journal, ressaltou que tanto a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, quanto o próprio presidente afirmaram que a carta é falsa. Trump usou sua rede social para declarar que o artigo publicado é malicioso e difamatório, além de anunciar um processo judicial contra o jornal, a NewsCorp e o empresário Rupert Murdoch.

Logo depois, Trump solicitou formalmente à procuradora-geral Bondi a liberação completa dos depoimentos relevantes do grande júri relacionados ao caso, sujeita à aprovação judicial.

Bondi confirmou nas redes sociais que o Departamento de Justiça fará o pedido oficial para a retirada do sigilo dos documentos, embora essa liberação não seja garantida devido à rigidez das regras que protegem as transcrições do grande júri.

A carta em questão, que Trump nega ter escrito, é descrita como obscena, contendo texto datilografado dentro da silhueta de uma mulher nua desenhada com marcador. A assinatura, segundo o jornal, seria um ‘Donald’ rabiscado imitando pelos pubianos da figura feminina, terminando com uma mensagem de aniversário.

Trump contestou a autenticidade da carta, classificando-a como falsificação: “Eu não faço desenhos de mulheres. Não é meu estilo nem minha linguagem.”

Entre os eventos recentes, Rupert Murdoch, proprietário da NewsCorp, estava presente em um camarote junto com Trump durante a final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA no estádio MetLife, em Nova Jersey. Trump afirmou ter dito a Murdoch que a história era falsa e que ele não deveria permitir sua publicação.

A controvérsia causada pelo caso Epstein afeta a relação de Trump com parte de seus seguidores, alguns dos quais ele criticou duramente por acreditarem em teorias conspiratórias sobre o falecimento de Epstein, que foi encontrado morto na prisão enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual.

Autoridades do Departamento de Justiça e do FBI afirmam não haver evidências de uma lista secreta com nomes de clientes de Epstein nem que ele tenha sido assassinado na prisão. Confirmam também que a morte foi suicídio e que não serão divulgadas mais informações.

Entretanto, a possível liberação dos depoimentos e provas do grande júri pode trazer novas informações ao público no futuro.

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