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Lixão desaba e ameaça saúde e meio ambiente em Padre Bernardo

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O desabamento de uma grande quantidade de resíduos no lixão Ouro Verde, situado em Padre Bernardo (GO), na região do Entorno do Distrito Federal, completou um mês nesta sexta-feira (18/7). As autoridades ainda aguardam que a empresa responsável realize a remoção dos detritos que caíram no córrego próximo.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente de Goiás (Semad), o acordo estabelecido determina que a retirada dos resíduos deve começar até 21 de julho. Recentemente, foi concluído o isolamento da massa de lixo que deslizou antes de atingir o córrego, uma ação fundamental para iniciar a remoção segura.

Além disso, está sendo preparada uma área temporária dentro da propriedade para armazenar os resíduos. A empresa Ouro Verde informou que adquiriu uma manta impermeabilizante para essa célula de contenção, e o acesso para os caminhões já está pronto.

Em 18 de junho, uma grande quantidade de lixo desabou no Aterro Ouro Verde, gerando gravações que mostraram a extensão do deslizamento. O aterro é alvo de processos judiciais, incluindo uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Goiás (MPGO) e Ministério Público Federal (MPF), por dano ambiental.

A empresa responsável foi multada em R$ 37 milhões e teve R$ 10 milhões bloqueados para garantir recursos para a contenção e reparação dos danos. O aterro situa-se numa Área de Preservação Ambiental do Rio Descoberto e, conforme o Ministério Público, opera sem licenciamento estatal.

O colapso contaminou as águas do Rio do Sal e do Córrego Santa Bárbara, proibindo o uso desses recursos hídricos por tempo indeterminado. A região possui quatro bacias de chorume que correm risco de novo colapso, aumentando o perigo de novos desabamentos.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), declarou situação de emergência ambiental por 180 dias em Padre Bernardo devido ao incidente.

Em resposta ao desastre, a prefeitura local visitou as famílias afetadas, distribuindo água potável e cestas básicas. A Semad completou a primeira fase de avaliação dos danos e aplicou a multa de R$ 37,5 milhões à empresa.

No início de julho, o governo estadual utilizou drones agrícolas para pulverizar inseticida na área do lixão, a fim de controlar a infestação de moscas, que podem transmitir doenças. Em 7 de julho, o comitê de crise se reuniu com representantes da empresa na Semad, e foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), com prazos definidos para a execução das medidas necessárias para conter o avanço dos danos.

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