OMS denuncia ataques em suas bases na Faixa de Gaza

A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou, nesta segunda-feira (21), agressões contra a residência de seus colaboradores e seu principal depósito em Deir al Balah, localizada no centro da Faixa de Gaza, região onde o Exército israelense intensificou suas ações.

“A moradia da equipe da OMS em Deir al Balah, Gaza, foi atingida três vezes hoje, assim como seu depósito principal”, afirmou no X o diretor-geral desta entidade da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Soldados israelenses invadiram as dependências, forçando mulheres e crianças a saírem a pé… em meio a um conflito ativo”, relatou ele, acrescentando que “os funcionários masculinos e seus familiares foram algemados, despidos, interrogados no local e revistados sob a mira de armas”.

Tedros mencionou que 32 trabalhadores da OMS e suas famílias foram levados para o escritório da organização assim que foi possível acessá-lo.

Além disso, dois trabalhadores e dois familiares foram detidos, disse ele. Três foram liberados posteriormente e “um integrante da equipe permanece detido”.

“A OMS exige a imediata soltura do colaborador detido e a segurança de toda sua equipe”, enfatizou.

Deir al Balah está sob severos bombardeios. O Exército israelense instruiu no domingo os moradores a evacuarem, alertando sobre uma ação iminente em uma área onde anteriormente não havia operações militares.

“Com o armazém central inoperante e a falta da maioria dos suprimentos médicos em Gaza, a OMS encontra-se seriamente limitada para prestar suporte adequado aos hospitais, equipes médicas de emergência e centros de saúde, que já enfrentam escassez crítica de medicamentos, combustível e equipamentos”, explicou Tedros.

“Como principal órgão de saúde, comprometer as atividades da OMS está paralisando toda a resposta médica em Gaza”, afirmou. “A necessidade de um cessar-fogo é urgente e já deveria ter sido implementada”.