Funcionário Público Envolvido em Ataques a Ônibus, Afirma Tarcísio

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), revelou que um homem detido nesta terça-feira (22/7) era servidor público estadual e foi responsável por planejar inúmeros ataques a ônibus. O suspeito prestou depoimento às autoridades durante a manhã de terça-feira.

“Realizamos mais uma prisão de uma pessoa que vandalizou diversos ônibus, inclusive um servidor do Estado. Tomaremos todas as medidas necessárias”, afirmou o governador.

Esta informação foi comunicada durante um evento de entrega de moradias pelo Programa Casa Paulista em Rio Claro, interior do estado, a 175 quilômetros da capital.

Tarcísio destacou que as razões por trás dos ataques são variadas, e todas estão em investigação. De acordo com o governador, alguns detidos não apresentam motivação clara para suas ações. “Estamos falando de quase vinte prisões, uma investigação em andamento buscando conexões para punir rigorosamente os responsáveis”, disse ele.

Ele também comentou que o número de vandalismos caiu para “um ou dois ataques por dia” e que os ataques estão chegando ao fim.

Desde 12 de junho, 530 veículos do sistema municipal de transporte foram alvo de depredações, segundo dados da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e SPTrans. A Artesp, que gerencia os ônibus intermunicipais, registrou 291 ocorrências de vandalismo entre 1º de junho e a manhã da segunda-feira (21/7).

Conforme a Secretaria da Segurança Pública (SSP), 14 suspeitos foram detidos relacionados à onda de vandalismo. Três homens foram presos em flagrante na segunda-feira, nas regiões norte, sul e central da capital.

Relatório de Ataques a Ônibus

Um relatório da Polícia Civil de São Paulo apresentou um panorama dos ataques a ônibus ocorridos na região metropolitana entre 21 de maio e 5 de julho. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) analisou 191 ocorrências registradas pelas empresas de transporte neste período.

As áreas com maior número de incidentes foram: zona sul da capital (85 ataques), seguida da zona oeste (65), zona leste (19), centro (16) e zona norte (6).

As vias com maior frequência de ataques incluem as avenidas Engenheiro Armando de Arruda Pereira, Interlagos, Vereador João de Luca e Cupecê (zona sul); Brigadeiro Faria Lima, Corifeu de Azevedo Marques e Rodovia Raposo Tavares (zona oeste); e Sapopemba e Senador Teotônio Vilela (zona leste).

Quase 70% dos ataques aconteceram entre quintas e sábados, com uma concentração maior em quintas-feiras. As empresas mais afetadas foram Vidazul Transportes, Sambaíba, Viação Campo Belo, Via Sudeste, Viação Gatusa, Viação Grajaú, Transpass e Mobibrasil, esta última sendo a mais atingida, com cerca de 40 ataques, equivalendo a aproximadamente 30% do total.