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Economia

Ibovespa cai e para recuperação perto de 134 mil pontos

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O Ibovespa tentou alcançar a marca dos 135 mil pontos durante o dia, mas não conseguiu se manter, fechando próximo à estabilidade (-0,10%), em 134.035,72 pontos. A composição do índice contou com ajuda das ações da Vale, que subiram 2,59% e da Petrobras (ON +1,04%, PN +0,97%). A oscilação do índice, de 133.986,03 pontos na mínima até 135.300,29 pontos na máxima, representou uma variação de pouco mais de 1,3 mil pontos, com volume negociado reduzido para R$ 18,2 bilhões na sessão.

Na semana, o índice avançou 0,49%, apesar de ainda acumular queda de 3,47% no mês. No ano, o saldo é positivo, com alta de 11,43%.

Enquanto o setor de commodities contribuiu para a alta, o setor financeiro mostrou fraqueza, com a maioria dos grandes bancos em queda, exceto o Banco do Brasil (ON +0,15%) e o Santander (Unit +0,61%).

Entre as maiores altas do Ibovespa, além da Vale, destaque para ações do setor metálico como CSN (+7,13%) e Usiminas (+5,99%), refletindo expectativas positivas com um grande projeto hidrelétrico na China. Também se destacaram Auren (+4,09%), Braskem (+3,68%) e BRF (+3,55%).

Na parte negativa, ficaram Vivara (-3,54%), CPFL (-2,85%), Natura (-2,77%), Direcional (-2,61%) e Cyrela (-2,35%), em sua maioria ações de setores ligados ao consumo e construção, que já tinham pressionado o índice em sessão anterior.

Com o mercado atento à disputa comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o diretor de análise da ZERO Markets Brasil, Marcos Praça, comentou que as respostas do Brasil têm sido legais e um acordo tende a ser buscado por vias oficiais. Ele ressaltou que grande parte do ruído vem do uso de redes sociais por Trump. Por sua vez, o governo brasileiro, incluindo declarações recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca reduzir a tensão evitando respostas diretas e discussões públicas sobre retaliações aos EUA.

Matheus Spiess, analista da Empiricus, destacou o caráter político da disputa comercial americana, o que torna a negociação mais complexa. Ele observou que a cautela no mercado também se reflete na realização de lucros em Nova York, onde os principais índices oscilaram entre -0,39% (Nasdaq) e +0,40% (Dow Jones), com o S&P 500 atingindo novo recorde.

Leonardo Santana, sócio da Top Gain, ressaltou que os investidores aguardam as decisões de juros nos EUA e no Brasil, que ocorrerão na semana seguinte. Ele afirmou que o mercado está desconfortável com a incerteza sobre tarifas comerciais, pois esperava-se que Trump negociasse após aumentar as tarifas, o que ainda não ocorreu.

Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, comentou que o mercado encerrou a sessão praticamente estável, após início otimista. Além das questões comerciais, o cenário político também influencia o humor dos investidores, especialmente após rumores sobre possível prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, relacionada a medidas judiciais recentes.

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