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Mpsp exige indenização de 100 mil reais para família de criança assassinada

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) solicitou uma indenização no valor de R$ 100 mil para os familiares de Larissa Manuela, uma menina de 10 anos que foi vítima de um homicídio cometido pelo padrasto, Diego Antonio Sanches Magalhães. O crime aconteceu em 12 de junho, em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, quando a criança sofreu 16 facadas.
Segundo o MPSP, o valor deve ser pago pelo padrasto à mãe e ao irmão de Larissa Manuela. O réu, confessando o crime, continuou suas atividades normalmente após o ataque e simulou surpresa quando o corpo da vítima foi descoberto pela mãe.
Além disso, a promotoria informou que a Justiça ordenou um exame de sanidade mental para Diego Antonio, após relatos de problemas psicológicos e uma tentativa de suicídio.
A denúncia contra Diego Antonio foi aceita pela 2ª Vara Criminal em 22 de julho. Após a solicitação do Ministério Público, o juiz Fabio Calheiros do Nascimento decretou a prisão do acusado, que responderá por feminicídio contra menor de 14 anos, com qualificadoras por meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Confissão do acusado
Em depoimento, Diego relatou que no dia do crime retornou da casa de um tio em São Sebastião, litoral paulista, para a residência onde a criança estava sozinha. Ao chegar, encontrou Larissa Manuela acordada, deitada sob uma beliche. Ele perguntou à menina se sua mãe havia saído com alguém durante sua ausência, e ela respondeu afirmativamente, sem especificar. Em seguida, chamou Diego de “corno”.
Após ouvir isso, o réu afirmou que perdeu o controle e jogou a menina no chão, depois foi até a cozinha, pegou uma faca e desferiu diversos golpes na vítima. Ele acredita que a criança morreu já no primeiro ataque, já que não ofereceu resistência.
Problemas pessoais e relacionamento
Diego também falou sobre um relacionamento anterior traumático, onde foi traído e chegou a tentar suicídio, buscando apoio em familiares e na igreja. Ele conheceu a mãe de Larissa Manuela, Adenuzia Silva Santos, em um sítio, e desde o início do relacionamento, ela sabia dos problemas emocionais de Diego.
O acusado disse ainda que a relação com os filhos de Adenuzia era boa, sem conflitos, e que não costumava tratar mal a companheira. No entanto, nos dias anteriores ao crime, estava passando por dificuldades emocionais, tendo sido repreendido pela companheira por sua falta de responsabilidade.
Detalhes do crime e investigação
Após cometer o crime, Diego deixou o local, mas retornou para buscar um celular esquecido na casa. Ele foi visto mexendo em uma lixeira, embora negue ter descartado a arma do crime ali, dizendo que a escondeu em outra lixeira próxima. Após ir trabalhar, trocou de roupa para disfarçar as vestes usadas no ato.
Larissa Manuela Santos de Lucena foi encontrada morta pela mãe por volta das 17h do mesmo dia, com ferimentos de faca no pescoço e tórax. A criança passou o dia sozinha, pois a mãe e o irmão mais velho estavam fora. A porta da casa permanecia apenas encostada, sem trancas.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para necropsia, e a Polícia Civil analisa imagens de segurança para elucidar os fatos. A Secretaria de Segurança Pública registrou o caso como homicídio e está em investigação pelo 1º Distrito Policial.

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