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Policiais matam morador de rua na Sé e ouvidoria lamenta

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A Ouvidoria da Polícia de São Paulo considerou como inaceitável a conduta dos policiais militares envolvidos na morte de um homem em situação de rua na região da Sé, no centro da cidade de São Paulo, no mês passado. Os dois policiais militares do 7° Batalhão foram detidos na terça-feira, dia 22 de julho.

O órgão informou que foi aberto um procedimento para monitorar a investigação do caso, que resultou na prisão dos agentes por decisão judicial. A ouvidoria destacou ainda a importância do uso eficaz das câmeras corporais pelos policiais.

“A ação inadequada dos agentes, que violou protocolos profissionais e direitos fundamentais, evidencia a necessidade de melhorias no uso das Câmeras Operacionais Portáteis (COPs). O sistema atual não é eficaz em situações não comunicadas pelo Copom”, afirmou a ouvidoria.

“As câmeras são essenciais para preservar a vida e proteger os policiais, mas precisam ser usadas em sua totalidade para evitar tragédias decorrentes de falta de preparo e resistência à mudança”, completou o órgão.

Jeferson de Souza, de 23 anos, foi baleado com três tiros de fuzil na Rua da Figueira, próxima ao Viaduto 25 de Março. Conforme registrado oficialmente, ele teria sido abordado sob suspeita, resistiu à ação policial, tentando tomar a arma de um dos policiais, o que levou aos disparos.

Entretanto, uma testemunha revelou que Jeferson de Souza não estava armado, não ofereceu resistência e nem tentou tomar armas dos agentes.

Segundo a polícia, a vítima foi socorrida e levada ao Hospital Santa Casa, mas faleceu. O registro informa que ele era morador de rua e não portava documentos, tendo o caso sido enviado ao 1° DP (Liberdade).

Uma fonte não identificada contou que houve grave erro na ação dos policiais, pois em casos com uso de fuzil, apenas um tiro costuma ser suficiente para neutralizar uma ameaça, mas neste caso foram efetuados três tiros.

Além disso, houve demora dos agentes em chamar o socorro médico, tempo este que permitiu a chegada de outras viaturas e a possibilidade de alterações na cena do crime e no registro da ocorrência. O protocolo correto exige o acionamento imediato do resgate.

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